A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (10 de março) o reajuste tarifário anual da Ampla, que será, em média, de 42,19% para todos os clientes da distribuidora. O novo índice passa a valer a partir do próximo dia 15 de março. O reajuste para os consumidores de baixa tensão será em média de 36,41%. Já para os clientes de alta tensão e média tensão, o índice será em média de 56,15%, principalmente porque esses consumidores têm na composição de sua fatura uma parcela maior associada ao consumo de energia, quando comparado ao residencial.
Segundo José Alves, diretor de Regulação da Ampla, o reajuste anunciado hoje pela Aneel cobrirá, principalmente, o aumento da tarifa da usina hidrelétrica de Itaipu (73%) e os custos com a compra de energia dos geradores, em função da situação hidrológica desfavorável do País. Além disso, o reajuste também reflete o aumento das despesas com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – fundo administrado pelo Governo para custear alguns subsídios às tarifas – que passaram a ser cobradas integralmente na tarifa de todos os consumidores do País. Os recursos arrecadados pela Ampla serão integralmente repassados aos geradores e à CDE.
Como a tarifa da Ampla não passou pela revisão tarifária extraordinária (RTE) aprovada pela Aneel para 58 distribuidoras do País em 27 de fevereiro, a agência considerou os efeitos da revisão extraordinária no reajuste aprovado hoje para a concessionária. “As tarifas de todas as distribuidoras vão passar a refletir este ano o real custo de geração de energia no Brasil”, afirma José Alves.
Composição da tarifa
Somente 19,5% da conta de luz se destina ao serviço de distribuição de energia operado pela Ampla. Ou seja, numa conta de luz no valor de R$ 100, apenas R$ 19,50 são destinados à distribuidora, para operação, expansão e manutenção da rede de energia elétrica. Veja abaixo como ficou a composição da conta de energia após aprovação do reajuste tarifário da Ampla anunciado hoje pela Aneel.
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