LEI SECA MARICÁ- O Whatsapp, aplicativo de troca de mensagens online, deixou de ser uma simples rede social há muito tempo. Além de unir pessoas, trocar fotos, vídeos, informações, o aplicativo agora ajuda na segurança de uma Rua no bairro de Itaipuaçu. Por conta da quantidade de furtos a residências, a população criou grupos para “espantar” os bandidos.
Moradores de uma Rua do Loteamento São Bento da Lagoa contaram que em outubro do ano passado, uma onda de assaltos começou a afetar os moradores da região. Mas muitos moradores não participavam e não se importavam com o policiamento da localidade.
A falta de interesse foi cessada após a invasão à casa de uma vizinha da criadora do grupo. “- Entraram na casa de uma amiga minha e a trancaram dentro do banheiro, mas ela conseguiu avisar um amigo pelo Whatsapp, que chamou a polícia”, disse. Depois disso, a moradora que foi informada do assalto montou um grupo com os vizinhos da região.
Esse foi o momento em que a moradora uniu o aplicativo com a segurança da Rua “- Eles tinham um grupo, mas não tinham a polícia. Então fiz outro grupo com os policiais do bairro”. O “sucesso” dos grupos foram tão grande, que já chegou aos cem membros.
Nem todos os usam de forma útil, mas, segundo a moradora que prefere não se identificar, o aplicativo ajudou a aumentar a segurança do bairro. “Nós tiramos fotos de pessoas suspeitas, de algo que está acontecendo no momento e, se for algo relevante, acionamos a polícia”, contou. “Além de dar mais segurança, conseguimos espantar os ladrões daqui”, completou.
A moradora apontou que, antes da criação do grupo, cerca de seis casas foram furtadas na Rua. Agora, não se ouve mais falar sobre furtos ou roubos.
Policiais Militares da região aprovaram a iniciativa dos moradores e apoiaram a união das forças. “A tecnologia, quando é bem utilizada, é muito boa”, admitiu um PM do DPO de Itaipuaçu que também preferiu não se identificar.
Ele revelou ainda que antes dos grupos já buscava o apoio da população, porém com o aplicativo, a disseminação da informação é maior. “Eu entregava cartões com meus dois telefones, mas tinha que ir de casa em casa. Agora, ficou bem mais rápido”. Mas o sargento ressaltou que a população não deve “fazer justiça com as próprias mãos” e sempre recorrer á polícia. “Só de saber a quem recorrer, a população se sente mais segura”, afirmou o Policial Militar.
