A investigação da 82ª DP ficará por conta do inspetor de polícia Jorge Grei de Menezes. Depois que fez o registro de ocorrência de número 082-01057/2015, no dia 20 de fevereiro deste ano, a suposta vítima falou com exclusividade ao jornal GAZETA-RJ informando detalhes sobre a negociação.
Paulinho seria primo de uma amiga sua, Íris Shuts, que não pode hospedá-lo e Edna prestou esse acolhimento. Ele ficou cerca de 20 dias na casa dela e nesse período conseguiu convencê-la de que adquiria imóveis a preços mais baixos em Maricá e Rio de Janeiro, por se tratarem de unidades habitacionais de leilão. Interessada em adquirir um, Edna confiou a ele o valor de R$ 30 mil que seria para iniciar a transação e regularização de documentos junto à parte proprietária. Até foto do apartamento ele teria mostrado. O dinheiro foi pego na casa dela por um italiano identificado apenas como primo de Paulinho. Além da Suíça, segundo a denunciante, Paulinho também costuma viajar à Itália.
Após o pagamento, as comunicações ficaram difíceis entre as duas partes. Estranhando o fato, quando veio ao Brasil este ano foi procura-lo em Maricá. Como ele não atendia as ligações feitas pelo telefone dela, realizou o telefonema usando um número do Estado do Rio de Janeiro. Ele atendeu e foram marcados dia e hora para um encontro, ao qual ele não compareceu e nem Edna conseguiu mais contato.
Tudo que a mulher sabe é que ele disse ser morador de Maricá, dono de um terreiro de umbanda na cidade e se dizia conselheiro espiritual. A prejudicada quer receber o dinheiro de volta ou vê-lo punido na forma da lei. O caso é considerado estelionato, com base no Art. 171, do Código Penal e acarreta em pena de um até cinco anos de prisão e multa. “Trabalhei muito no exterior, lavei muito vaso para sobreviver”, reforça a mulher, inconformada com o prejuízo.
Quem tiver informações de alguém que se identifique com as características apresentadas deve informar à 82ª DP, pelo telefone 3731-9965, para que a denúncia seja averiguada.
Por Paulo Celestino