EXCLUSIVO LEI SECA MARICÁ- A Polícia Civil de Maricá recuperou na tarde deste sábado, 05, a imagem de Nossa Senhora da Luz, um dos maiores símbolos históricos da Igreja Católica em São Gonçalo que foi furtada da Capela da Luz, na Praia da Luz, em Itaoca, no último fim de semana.
De acordo com os delegados Dr. Júlio César Mulatinho e Dr. Vilson de Almeida Silva, a delegacia de Maricá recebeu uma ligação telefônica informando que a imagem da santa estaria na Restinga de Maricá, próximo de um carro queimado.
Foi montada uma operação por volta das 14 horas e as equipes da 82ª DP foram até o local onde encontraram a imagem da Santa.
"- Nós fomos conferir e encontramos a imagem dentro de um saco plástico preto, próximo de um arbusto. A imagem será levada para a delegacia de Maricá e vamos realizar o procedimento para entregar a Igreja responsável. Contou Dr. Vilson no local que encontraram a imagem.
De acordo com o seminarista Vinícius Padilha – que assumiu a capela no início deste ano – na manhã de domingo passado, quando ele e outros membros da paróquia chegaram ao local, a imagem já havia sumido. Em seu lugar foi colocada uma cruz.
Vinícius, no entanto, não sabe precisar que dia pode ter acontecido o furto, já que a capela estava fechada desde sexta-feira. “Quando a moça que cuida da igreja saiu na sexta-feira, ela disse que a imagem estava lá. No domingo, quando chegamos para realizar a missa, já não estava mais. As fechaduras da capela estavam forçadas, alguém arrombou”, disse o seminarista que registrou o caso na 72ª DP (Mutuá).
Valor histórico
Para o historiador Marcos Vinícius Varella, a perda da imagem tem valor incalculável para a herança de São Gonçalo, já que se trata de uma obra antiga e, mesmo que alguém tente reproduzi-la, ainda assim a peça é insubstituível.
“É uma obra que, se não for encontrada, nunca vamos repor. Tem um valor histórico muito alto. Eu pediria de joelhos para que a pessoa devolvesse. O valor da peça para essa geração já é alto, imagina para as próximas. É uma herança muito grandiosa”, declarou.
A igreja foi construída no século XVII e, atualmente, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
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