20/06/2015 às 06h18min - Atualizada em 20/06/2015 às 06h18min

ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106

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ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)

ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)

ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)[/caption]

O dia 16 de setembro de 2001 foi decisivo para a vida de Raphael Lobato. Após o falecimento de seu irmão, Eduardo, em um acidente de trânsito na RJ-106, o empresário do setor alimentício decidiu se especializar na área de resgates. Logo após, abriu o Grupo Socorro, Apoio e Resgate de Maricá (GSAR). A ONG existe legalizada e atuante no município desde 2008, tendo realizado mais de 1.500 operações neste período. O GSAR é a única organização que trabalha em resgate de rodovias no estado fluminense.

O GSAR é financiado de forma independente, com a ajuda de 25 voluntários. Ao ingressar no grupo, os novos membros recebem um treinamento estabelecido por um protocolo de segurança e resgate internacionais, o First Aid. O curso tem duração de 20h.

"Quem se prepara para o resgate entende o que é, por exemplo, a 'hora de ouro'. São os primeiros 60 minutos entre o acidente e a chegada do resgate ao local. Nós trabalhamos lado a lado com essas instituições do estado, que são os bombeiros militares e o Samu", esclarece.

Encarando hoje de cabeça erguida o passado, Raphael administra um trabalho que não descansa. Feriados, fins de semana e datas festivas são dedicadas a ajudar pessoas que sofreram acidentes. Comumente associados ao codinome de “anjos do asfalto”, ele sintetiza o sentimento que é colocar o GSAR para funcionar.

“Não tem preço executar esse trabalho. Meu irmão não teve essa sorte.  Hoje, encontrar uma pessoa na rua que me agradece por ter salvado um irmão, filho, pai, me deixa muito satisfeito”, declara.

TRABALHO EM PARCERIA

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ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)

ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)

ONG de Maricá coleciona histórias de emoção e solidariedade em resgates na RJ-106. (Foto :: Arquivo LSM)[/caption]

Ao lado das equipes de salvamento, os socorristas realizam um trabalho de auxílio. Junto aos bombeiros militares e equipes do Samu, eles retiram acidentados da pista. Em épocas mais movimentadas, como Carnaval e Ano Novo, os membros do GSAR já tiveram que se dividir em seis locais de acidentes simultâneos. Nestes períodos, Maricá tem uma média de 40 acidentes mensais, em que 25 ocorrem apenas nos fins de semana. Em datas normais, são 20 chamados em média.

“Entendemos a nossa posição em ir ao local do acidente. Não temos pretensão de posar de super-heróis ou algo do tipo. Diante da lei e de nossa consciência, nosso trabalho é feito apenas porque temos o apoio dessas equipes”, explica o criador da organização.

Diante da demanda crescente, os socorristas irão elaborar um projeto ao Departamento de Estradas de Rodagens (DER-RJ), que administra a rodovia RJ-106, para tornar-se um auxílio efeito do local.

VOLUNTARIE-SE

Raphael esclarece ainda que a ONG está de portas abertas para receber novos voluntários.

"Quanto mais pessoas com boas intenções chegarem para nós, o trabalho melhora. O importante é ter boa vontade e querer ajudar o próximo", diz.

Caso você tenha interesse em participar das ações do GSAR, basta enviar um email para [email protected]. Em caso de dúvidas, telefone: 96429-5830.

Após a candidatura, os membros do GSAR fazem uma pesquisa criminal do voluntário e pedem os certificados de conclusão dos cursos, caso a pessoa seja da área da saúde. Não é preciso ter formação específica, já que as áreas direcionadas são inúmeras, como as de motorista e socorrista.

Diário do Leste


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