LEI SECA MARICÁ- “Fui vítima de assalto e ameaçado de morte por bandidos, que levaram meu Palio há duas semanas, em Maricá. Localizar o carro foi fácil, mas tive que me deslocar mais de 80 km até Deodoro para retirá-lo do depósito”, lamenta o engenheiro, de 47 anos. Ele é uma das 23 pessoas que diariamente têm veículos roubados ou furtados nas áreas do 7º BPM (São Gonçalo) e 12º BPM (Niterói), segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), e que poderiam ter o sofrimento amenizado com o pátio de sua região funcionando.
De janeiro a maio, nas regiões vinculadas ao Pátio Legal, 18.238 mil veículos — apenas 1,9 mil a menos que no mesmo período em 2014 — foram levados por bandidos. Pouco mais da metade foi recuperada e encaminhada ao Pátio Legal. Ao localizar carros roubados ou furtados — que antes ficavam empilhados nas portas de delegacias e batalhões, dificultando a localização pelos donos e provocando doenças na comunidade, como a dengue —, a polícia entra em contato com a central de atendimento do Pátio Legal. Um reboque é enviado ao local.
Nos últimos dez anos, o Sindseg desembolsou R$ 60 milhões na operação do depósito de Deodoro. “A administração investe muito, mas também lucra, uma vez que recebe carros mais inteiros para ser levados a leilão, onde são mais valorizados”, detalha Júlio Avelar, administrador do pátio.
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