14/09/2015 às 15h34min - Atualizada em 14/09/2015 às 15h34min

Maricá reforça campanha de alerta contra venda de bebidas a menores

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(Foto :: Divulgação - Clarildo Menezes)

(Foto :: Divulgação - Clarildo Menezes)

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Na última sexta-feira (11) uma equipe da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social formada por representantes do Serviço de Atendimento Psicossocial – Alcool e Drogas (Sapad) e do Conselho Municipal Antidrogas de Maricá (Comad) visitaram bares, restaurantes e supermercados da cidade. Foi a segunda ação do gênero realizada no município e o foco, desta vez, foram os estabelecimentos que ficam às margens da RJ-106, a Rodovia Amaral Peixoto. No começo do dia, as visitas foram realizadas nos estabelecimentos no sentido Ponta Negra, à tarde, a equipe visitou pontos na direção de Itaipuaçu. A iniciativa tem como objetivo alertar os comerciantes quanto à proibição de venda de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes. A intenção também é incentivar a comunidade a denunciar o consumo de álcool em família.

Para o psicólogo do Sapad, Paulo Renato Aquino, o trabalho é importante para estimular que tais denúncias sejam feitas. “Colocamos cartazes alertando que a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes é crime, com pena de dois a quatro anos de reclusão", afirma. "Queremos que as pessoas entendam que todos devem participar desta campanha”, avalia. A lei a que Paulo se refere é a 13.106/15, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em Março deste ano. Segundo o texto, "é crime com pena de detenção de dois a quatro anos e multa se o fato não constituir crime mais grave, quem vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica". Antes mesmo de a lei entrar em vigor o comerciante Adailton Gomes, 69 anos, já tinha a noção muito clara da gravidade de vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. “Já aconteceu de pais mandarem os filhos aqui para comprar bebidas e eu não vendi. Para menores", afirma Adailton, que é dono de um bar, "não vendo nem cerveja nem cigarro. Acho a iniciativa da secretaria muito importante”, comentou.  Outro que abraçou a iniciativa foi Fernando Dutra, 48 anos, proprietário do Mendes Bar, um pequeno restaurante em Manoel Ribeiro. Ele disse não vender em hipótese nenhuma qualquer bebida alcoólica para quem tem menos de 18 anos. Uma atitude que é fruto de experiências desagradáveis que passou durante a infância. “Quando era pequeno, saia com meu pai e ele bebia muito, ficava bêbado e aquilo me constrangia. Isso me marcou muito", relata. "Hoje não vendo para menores por que sei dos prejuízos que eles podem sofrer”, desabafa. Durante as visitas, nenhum comerciante se recusou a exibir o cartaz no estabelecimento, sempre disponibilizando locais de fácil visualização, como foi o caso de Tatiane Berbert, 37 anos, que retirou um anúncio de cerveja que estava colado na parede do bar para dar espaço ao cartaz com a proibição. “Quero que fique bem claro que não vendo bebidas para menores. Esta iniciativa é interessante por que mostra a preocupação com o caso”, afirma. O trabalho da Subsecretaria de Prevenção e Combate à Dependência Química é orientar sobre como as pessoas podem denunciar casos como este. O psicólogo do Sapad acrescenta que muitos comerciantes estão conscientes sobre a gravidade do problema, mas que há ainda jovens comprando e repassando para crianças e adolescentes, e pais que, em muitos casos, estimulam os filhos ao consumo do álcool. Nestes casos, a melhor forma de coibir tais atitudes é através das denúncias, que podem ser feitas pelo disque 100, à 82ª DP ou ao próprio Sapad (3731-0587).   
 

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