17/02/2016 às 20h56min - Atualizada em 17/02/2016 às 20h56min

Temporal com raios atingiu diversos bairros de Maricá nesta quarta-feira

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Foto registrada por Romário Barros no Parque Nanci.

Foto registrada por Romário Barros no Parque Nanci.

Foto registrada por Romário Barros no Parque Nanci.[/caption]

LEI SECA MARICÁ- Maricá foi atingida por diversas descargas elétricas na noite desta quarta-feira, dia 17, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

O temporal atingiu diversos bairros de Maricá, Inoã e Santa Paula sofreram com a chuva. Na RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), os motoristas tiveram de redobrar a atenção por conta da grande quantidade de bolsões d'água.

— De 500 a mil raios, a tempestade é considerada forte. Acima de mil, muito forte. A intensa tempestade da última terça-feira foi formada a partir da junção do sistema frontal - formado por massas de ar frio vindas do sul do continente americano - que está atuando sobre a região com a massa de ar quente presente no estado e a umidade que vem da Amazônia. Essa combinação é explosiva, é tudo o que precisa para haver um choque e ocasionar uma descarga elétrica. O sistema frontal está atuando na região, por isso ainda devemos ter tempestades fortes ou ainda mais intensas até o fim do verão — explica o coordenador do ELAT/INPE, Dr. Osmar Pinto Júnior, destacando que essas condições climáticas são típicas da região Sudeste e acontecem todo verão.

A grande incidência de raios já era prevista pelo Instituto, devido ao fenômeno El Ninõ, que provoca mudanças na circulação de ar da atmosfera, causando efeitos variados nas diferentes regiões do Brasil. A presença intensa do fenômeno favorece um aumento de 10 a 20% na incidência de raios e é mais um elemento que se une às condições climáticas da região. A combinação de todos esses fatores, de acordo com Dr. Osmar, é o que faz o estado do Rio de Janeiro ocupar o quinto lugar no ranking da quantidade de descargas elétricas no Brasil.

O metereologista do Climatempo, César Soares, avalia que as condições climáticas do verão fluminense - ar abafado, temperaturas altas e umidade do ar elevada - favorecem a formação de grandes nuvens, chamadas na meterelogia de Cumulonimbus. "- Tivemos condições atmosféricas favoráveis para a formação dessas nuvens ontem e as teremos até amanhã. Essas nuvens têm gelo no seu interior e, por conta das correntes de vento, elas vão colidindo umas com as outras. Isso gera uma carga elétrica que, quando fica mais forte, acarreta nas descargas dos raios", explica ele.

De acordo com César, o número de raios deste ano deve ser maior do que os dois últimos verões. "- O que podemos dizer é que este ano deve ter tido um número maior de raios em comparação aos anos de 2014 e 2015, porque esses dois últimos foram atípicos, com tempo seco e pouco instável", afirma.

Em março de 2013, a cidade do Rio de Janeiro registrou 2.149 raios durante uma tempestade. Segundo o ELAT/INPE, este foi o número recorde de descargas elétricas na capital.

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Bolsões d'água na RJ-106. Foto de Romário Barros.

Bolsões d'água na RJ-106. Foto de Romário Barros.

Bolsões d'água na RJ-106. Foto de Romário Barros.[/caption]
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