10/03/2016 às 18h26min - Atualizada em 10/03/2016 às 18h26min

Inoã: Bebê com microcefalia recebe tratamento em associação de Niterói

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A família recebeu tantas doações, que Pollyana vai doar parte delas Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia

A família recebeu tantas doações, que Pollyana vai doar parte delas Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia

A família recebeu tantas doações, que Pollyana vai doar parte delas. Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia[/caption] O Luiz Philipe estava todo prosa. O bebê de Inoã, na cidade de Maricá, Região Metropolitana do Rio, que nasceu com microcefalia, provavelmente relacionada ao vírus Zika, começou seu tratamento, nesta quarta-feira, na Associação Pestalozzi de Niterói. Foi avaliado por uma equipe multidisciplinar e na semana que vem já tem sessão de fisioterapia motora e respiratória. Desde que ganhou as redes sociais, as coisas melhoraram para ele e sua família. Em torno do menino formou-se uma imensa rede de solidariedade. Foram tantas doações que a mãe, Pollyana Rabello, de 27 anos, pensa até em doar o excedente para outras crianças. “Vou ver quem precisa, assim como precisei, e dar. Ganhamos muitas fraldas”, afirmou Pollyana, que tem sido amparada também por pessoas anônimas, que depositam, regularmente, uma ajuda financeira no banco. Na casa do avô de Pollyana tem um quarto abarrotado de fraldas descartáveis, latas de leite em pó, brinquedos e muitas roupinhas. Luiz Philipe, inclusive, estava todo chique na primeira consulta. Vestia uma camisa vermelha, que combinava com o calçado, da mesma cor. Para completar o visual, bermuda quadriculada. Tudo cheirando a novo. Outra boa notícia, é que o pai do Luiz Philipe, Misael Júnior, que estava desempregado, arranjou um trabalho temporário em uma obra, perto de casa. Segundo Pollyana, as tardes são os melhores momentos do dia a dia do bebê. “A gente conversa, brinca, mostra os brinquedinhos e ele abre o sorriso. Ele adora um leãozinho amarelo, que toca uma musiquinha”, anima-se a mãe. Mas nem tudo é motivo para comemoração. Luiz Philipe teve a primeira convulsão. “Era de madrugada, ele estava dormindo e, de repente, começou a se debater e virar os olhinhos. Gritei, chorei, pulei, até ele voltar ao normal. Graças a Deus foi coisa rápida”, contou Pollyana, que tem consulta com a neurologista, marcada para o dia 16, no Instituto Fernandes Figueira, no Flamengo. Ele não tem dormido o sono dos anjos. Acorda algumas vezes durante a madrugada e chora muito. Além disso, Pollyana ainda não conseguiu o passe livre do ônibus e é obrigada a gastar quase R$100, toda vez que vai ao Flamengo. A casinha de quarto e cozinha, sem banheiro, onde viviam, foi alagada pelo temporal que desabou sobre Maricá, e eles ficaram desabrigados. Estão temporariamente na casa do bisavô do bebê. Estado do Rio registrou mais de 300 novos casos de dengue por dia O Estado do Rio registrou 21.948 casos suspeitos de dengue entre 1º de janeiro e 8 de março, com uma morte confirmada em Volta Redonda, segundo a Secretaria Estadual de Saúde — aumento de 26,8% em relação ao boletim divulgado na semana passada, quando havia 17.310 casos computados. Na média, são 322 casos novos de dengue por dia. O número neste ano é 169% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 8.137 casos de dengue. Em 2015, houve 71.791 registros, com 23 óbitos. As cidades com maior número de mortes são Resende (8) e Campos dos Goytacazes (4). Já os casos de bebês com microcefalia, desde outubro do ano passado, chegaram a 745. De acordo com o Ministério da Saúde, 1.182 ocorrências foram descartadas e 4.231 estão sendo investigadas. No total, 37 bebês morreram.

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