06/05/2016 às 09h35min - Atualizada em 06/05/2016 às 09h36min

1 Bombeiro para cada 10.714 habitantes em Maricá

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Por Aline Balbino- Maricá tem atualmente 40 bombeiros militares para atender uma população estimada de 150 mil pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Levando em conta a escala de plantão de 24 por 72 horas, trabalham por dia 14 militares. Numa conta rápida seria um bombeiro para cada 10.714 habitantes, enquanto o recomendado pela Organização das Nações Unidas é de um para cada grupo de 1 mil habitantes. Diferente da quantidade de trabalhadores, os índices de acidentes e incêndios em vegetação na cidade são altíssimos. Em Maricá, existem três viaturas que atendem aos três gêneros de socorros: incêndio, busca e salvamento e atendimento de saúde. Diariamente acontecem, pelo menos, três acidentes envolvendo veículos na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). É importante ressaltar que Maricá tem uma grande área verde e em períodos muito quentes e de pouca chuva é comum haver fogo em vegetação. Segundo o Corpo de Bombeiros não há previsão e tampouco planos de aumentar o efetivo no quartel de Maricá. Os aprovados no último concurso, realizado em 2015, ainda estão em formação e não foram alocados para nenhuma unidade. Mesmo com um número tão baixo, a população aprova os serviços prestados pelos militares, mas pede um reforço urgente. “Vou te dar um exemplo. Se tiver dois acidentes de grandes proporções será preciso chamar reforço porque os (militares) que têm aqui não conseguem administrar. Tempo é vida e quanto mais o socorro demorar, mais grave a pessoa pode ficar. Se tiver fogo na mata a situação é ainda pior. Eu acho que se faz necessário abrir concurso ou contratar mais gente”, disse o morador de Inoã, Rodrigo Barreto, de 36 anos. Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, como em todas as unidades operacionais, os militares do quartel de Maricá atendem às ocorrências até o limite da capacidade, quando, então, pedem reforço aos quarteis vizinhos. Sobre os planos de aumento do número de militares, a corporação informou que está atenta à necessidade de todo o Estado e, sempre que necessário, redistribui seus militares. Mesac Eflaín, subtenente e presidente da Associação de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro, vê o baixo efetivo como algo preocupante. “A população que paga seus impostos não merece correr esse risco em potencial, por ter um número de bombeiros inferior ao necessário para realização de um socorro eficiente. Além disso, os profissionais são sobrecarregados, onde deveriam ter dois bombeiros, em algumas situações, temos apenas um, para realizar o trabalho. Em Niterói e Maricá, por exemplo, tem somente um Grupamento Marítimopara cobrir uma área de 85 quilômetros, onde deveriam ter no mínimo 50 profissionais por dia para garantir a segurança dos banhistas”. Ele mencionou o reforço que a prefeitura oferece durante o verão com a contratação de mais bombeiros. Mesac informou que já solicitou ao Governo do Estado a convocação dos aprovados nos concursos de 2012 e 2014. No total, seriam 600 homens para os cargos de motoristas, combatentes, técnicos em enfermagem e guarda-vidas. “Mas não atende a demanda da população, sem falar no problema grave da falta de postos de salvamento. O profissional muitas vezes, é obrigado a trabalhar ao relento, sem local adequado para fazer suas necessidades fisiológicas, nem ao menos sua refeição, com dignidade”.
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