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Os animais apreendidos são encaminhados para o curral
conveniado com a PM de Itambi, em Itaboraí. |
Maricá cresce e as áreas que antes eram de características rurais, há alguns anos vêm dando lugar a espaços urbanos, como a pavimentação de estradas, avenidas e às grandes construções, que contribuíram para o aumento populacional. Mas o que alguns moradores, principalmente os campestres e fazendeiros, ainda não se deram conta é do perigo em deixar animais como bois, vacas, cavalos e porcos soltos pelas ruas. O risco é cada vez mais frequente tanto para motoristas, quanto aos animais em diferentes casos.
O Corpo de Bombeiros do Destacamento de Maricá chega a receber pelo menos dois chamados por semana para incidentes envolvendo animais. Em junho deste ano, os Bombeiros de Maricá ficaram aproximadamente 16 horas em um resgate em que um cavalo caiu em um poço de Inoã. O cavalo não resistiu e morreu.
De acordo com os bombeiros, o tempo que se perde neste tipo de resgate poderia, por exemplo estar sendo aproveitado para o salvamento de vidas em outros casos de acidentes. Por outro lado, acidentes envolvendo atropelamento de animais – principalmente os de grande porte nas estradas, em vias públicas, estes registrados pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) ou pela Polícia Militar, podem ter graves consequências às vitimas, geralmente motoristas e passageiros, se atingidos pelo impacto de um animal de grande porte
Para evitar acidentes e oferecer proteção aos animais, a Defesa Civil de Maricá fechou uma parceria com a Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), para apreender animais de grande porte soltos nas ruas e estradas. Os animais apreendidos são encaminhados para o curral conveniado com a PM de Itambi, em Itaboraí.
Segundo o coordenador de Operações de Busca e Apreensão de Animais da Defesa Civil, Igor Leonardo Araújo, os animais são encontrados com mais frequência em locais com grande número de pessoas e em beira de estradas. Os animais apreendidos são transportados em caminhões do BPRv. “A população tem nos ajudado neste trabalho. Por semana, recebemos uma média de 20 ligações com denúncias de animais soltos, principalmente em Bambuí, Cordeirinho, Inoã, Itaipuaçu e São José do Imbassaí”, destaca Araújo, acrescentando que os proprietários são orientados pelas equipes a manterem os animais em áreas cercadas para evitar acidentes.
O coordenador ressalta ainda que o número de animais nas ruas, principalmente cavalos, diminuiu depois que as operações foram iniciadas. Para recuperar o animal, o proprietário paga R$ 120 de multa por cada animal e diária no valor de R$ 30 para retira-lo. “Caso os donos não retirem o animal em dez dias, o mesmo irá a leilão, com permissão do governo do estado”, completa.
Os valores são cobrados para custear as despesas com os animais, que incluem a identificação através de fotos e a realização de exames, além de vacinas e alimentação. Os que estão doentes são encaminhados à Vigilância Sanitária Estadual. Pela Lei de Contravenção Penal, é crime deixar animais soltos nas vias públicas, com pena prevista de prisão (de 10 dias a dois meses) ou pagamento de multa.
A população pode fazer denúncias de animais soltos pelo 199, telefone de emergência da Defesa Civil, ou para a Polícia Rodoviária (3601-6269 e 3601-6961).
