13/11/2012 às 11h29min - Atualizada em 13/11/2012 às 11h29min

Nova testemunha diz ter estado com Duarte Lima na hora do crime

Rosângela Alvarenga encontrou o advogado português num pequeno restaurante em Maricá

Português Duarte Lima é acusado de matar Rosalina Ribeiro
em Maricá ( Foto :: Divulgação)
A defesa de Domingos Duarte Lima no Brasil apresentou, nesta segunda-feira (12), em julgamento uma nova testemunha, Rosângela da Silva Alvarenga, que afirmou ter estado com o advogado português em Maricá na mesma noite do homicídio de Rosalina Ribeiro.

A testemunha, que foi ouvida nesta segunda-feira (12) no II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, afirmou ter estado com o advogado e ex-deputado português por cerca de 25 minutos - entre as 22:00 e as 22:25 locais - do dia 07 de dezembro de 2009, num pequeno restaurante localizado na praça central do município de Maricá.

Rosângela, de 53 anos, declarou ter passado o dia em Saquarema, com a mãe, e que à noite parou em Maricá, quando regressava ao Rio de Janeiro. A testemunha disse ter a certeza da hora em que parou no restaurante, 21:45, porque a mãe é hipertensa e tem de tomar remédio a uma hora exata, o que coincidiu. O horário que a testemunha diz ter estado com Duarte Lima é próximo do que a polícia estima que tenha ocorrido o assassinato de Rosalina Ribeiro.

As multas por excesso de velocidade aplicadas ao carro alugado por Duarte Lima foram registadas às 21:38, no sentido Rio de Janeiro - Saquarema, e uma segunda, em sentido contrário às 22:37.

A testemunha disse ainda que nunca tinha visto Duarte Lima e que se conheceram por acaso, uma vez que ele se sentou na mesma mesa que ela, depois de um empregado ter perguntado se ela não se importaria de dividir a mesa, perante da falta de lugares no estabelecimento. “Sentámo-nos [Rosângela e a mãe] e eu pedi uma água para a minha mãe tomar um remédio e pedimos também uma pizza. Depois, um garçon veio perguntar se não me importava de deixar esse senhor sentar-se”. declarou a testemunha, explicando que o restaurante possuía poucos lugares e que ela e a mãe ocupavam uma mesa para quatro pessoas.

A testemunha disse ainda que, durante a conversa, Duarte Lima mencionou que estava ali porque acabara de ‘deixar uma cliente’, sem mencionar quem ou em que ponto específico a teria deixado.

Segundo a testemunha, o advogado português mencionou ainda que pertencia à Associação Portuguesa Contra a Leucemia, que fundara após vencer um cancro.

Rosângela Alvarenga adiantou que ‘o senhor’ Duarte Lima disse ser de Lisboa e que parecia não conhecer bem o local. No rápido encontro ambos trocaram contatos - Duarte Lima deixou seu cartão, enquanto Rosângela escreveu o número de telefone num guardanapo -, motivo pelo qual terá sido possível encontrar a testemunha.

Rosângela informou ainda ter sido esse o seu único contato com Duarte Lima, não voltando a encontrá-lo desde então.

Pela primeira vez desde o início da audiência de instrução e do julgamento, o advogado oficial de Domingos Duarte Lima no Brasil, o político João Costa Ribeiro Filho, esteve presente na audiência e conduziu as perguntas realizadas à testemunha. Ribeiro Filho, que já foi secretário de segurança pública do Estado do Tocantins, tomou posse recentemente como senador da República do Brasil, em Brasília.

A assessoria do Senado brasileiro informou ao Jornal Português que o alto cargo político não é incompatível com o exercício de advogado neste tipo de processo.

As informações são da TVI24 de Portugal

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