24/06/2016 às 17h43min - Atualizada em 24/06/2016 às 21h58min

Chico Cesar agitou o segundo dia do festival internacional da Utopia

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O segundo dia do Festival Internacional da Utopia, que acontece de 22 a 26 de junho em Maricá, trouxe ninguém menos que o cantor e compositor Chico Cesar (Catolé do Rocha - PB), que brindou o público no espaço lotado em frente à Tenda Victor Jara, na Barra de Maricá, com canções autorais e de artistas como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e outros. O músico, que é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba, recebeu a imprensa antes do show e declarou seu apoio à Utopia: "Temos de ser resilientes. Precisamos lutar contra toda forma de desigualdade social, e preconceitos como o racismo e questões de gênero", adiantou. "Toquei para estudantes em escolas ocupadas e na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Os estudantes são uma força jovem e criativa. Somos todos estudantes da vida, e não podemos esperar que as coisas continuem acontecendo de cima para baixo. Sou a favor de uma democracia participativa, pois a democracia representativa não representa mais", declarou. "Fórum Social" Quanto ao Festival Internacional e à cidade de Maricá, disse ser a primeira vez que vinha ao município, mas se encantou com o que viu: "Este tipo de movimento deve ser apoiado e encorajado sempre. Utopia é o sonho maior, a energia transformadora da sociedade. Estamos vendo aqui um grande fórum social com uma pegada diferente, em que etnias e segmentos participam juntos do mesmo ideal, discutindo pacificamente suas reivindicações e diferenças", concluiu. No repertório, músicas como Beradero, Caninana, Palavra Mágica, Mandela, Cabelos, Morte do Vaqueiro, Reis do Agronegócio, Mama África, e a romântica Dama (Da Taça Onde Estava), fizeram 'a cabeça' da plateia, que cantou com o artista, pulou e dançou até o show acabar. Diversidade e qualidade As bandas e cantores que antecederam o show principal da noite aqueceram o público com variedade de estilos e qualidade. Os "Amigos da Cultura", projeto da Secretaria Adjunta de Cultura, Ciência e Tecnologia, com Ronaldo Valentim (violão e voz), Sérgio e Ana Aranda (percussão), e Paulo Ernani (cajón) empolgaram a plateia com MPB e música latino-americana. "Volver a los dezesiete” (Mercedes Soza), “San Vicente” (Milton Nascimento), e “Fica Mal com Deus” (Geraldo Vandré), entre outras, foram destaque do repertório. As Cantadeiras - Quatro artistas de diferentes estados (RJ, SP, PR, MG, e BA), além de uma poetisa convidada, Lília Diniz (MA), que recitou poesias próprias e de autores como Patativa do Assaré ("Viva o Povo Brasileiro"), com maestria. As Cantadeiras - Guê Oliveira, Jade Percaci, Ana Shan e Márcia Ramos, são ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e deram um show à parte, com canções campesinas brasileiras e latino-americanas. A programação teve ainda apresentações de rap com Renegado e a Bandinha Di Da Dó, banda gaúcha que mistura rock, música cigana e regional. Julio Cesar Rodrigues, 26 anos, técnico agropecuário, e Weida Pereira da Costa, 25, estudante de Arqueologia, vieram de Goiânia (GO), para participar do festival. Weida chegou a participar de uma mesa de debates na Tenda dos Pensadores. “Achei o Festival uma grande sacada”, adiantou. “Para mim, Chico Cesar representa a música nordestina repaginada, atual”, disse Julio. A estudante de Pedagogia da UERJ-SG, Andrea Cardoso, 23, está no acampamento do MST. “Achei o Festival organizado. Gosto de várias músicas de Chico Cesar. Estou curtindo bastante”, concluiu. Os intervalos foram preenchidos com os hits do DJ Dô Um (ES).
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