12/08/2016 às 13h05min - Atualizada em 13/08/2016 às 11h10min

Bebê encontrado em caixa de papelão passa bem e segue internado no Hospital de Maricá

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Imagem postada no facebook[/caption] O recém-nascido encontrado nesta quinta-feira (11/08) em São José do Imbassaí, está reagindo bem à medicação (antibióticos), respira sem dificuldades e continua acompanhado pela equipe médica do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá. O bebê, um menino, está sob responsabilidade da Vara de Infância e Adolescência e já existe um casal da fila nacional de adoção para ficar com ele. A criança nasceu com 3.250 kg e foi encontrada por um morador dentro de uma caixa de papelão, sem roupas e com pequenos arranhões. O drama da criança mobilizou os funcionários da unidade, que providenciaram roupas, fraldas e leite em pó para o menino. A Delegacia de Maricá (82ª DP) investiga o caso e o Chefe do Setor de Investigações, José Renato Oliveira, pede a ajuda da população para localizar os responsáveis pelo abandono de incapaz. Quem tiver informações entre em contato pelo telefone 3731-9965 ou compareça a Unidade Policial. História- Seria um dia comum na vida de Leandro da Silva, de 33 anos, se no caminho do trabalho ele não encontrasse um bebê dentro de uma caixa de papelão às 5h50 desta quinta-feira (11) no bairro São José do Imbassaí. O menino ainda estava sujo de sangue, com o cordão umbilical e apenas coberto por um lençol. Ainda emocionado, Leandro, que é servente de pedreiro, contou como foi o “susto” na Rua Aristídes Alves de Azevedo. “De segunda a sexta eu saio de casa 5h40 para ir ao trabalho e por volta das dez para as seis eu ouvi um gemido e primeiro pensei que fosse um animal, um gato, mas na segunda vez foi mais alto, eu vi que era diferente, e quando eu fui olhar no meio no mato, tinha uma criança na caixa de papelão”. A caixa com o bebê foi deixada em uma calçada, na comunidade Mutirão. “É uma coisa inexplicável. Você vê um ser humano ali. Isso não se faz nem com um animal, imagina com uma criança. Estava muito frio e muitas pessoas não passam por ali, porque é uma área perigosa. Se ela não gritasse, ninguém ia ouvir, porque estava muito escondido”, completou. A primeira atitude de Leandro foi cobrir o bebê com seu casaco, já que fazia muito frio, segundo ele, e o recém nascido estava sem roupa, coberto por um lençol fino. Ainda tentando entender o que estava acontecendo, Leandro ligou para um amigo e os dois seguiram até o Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO), onde realizaram os primeiros procedimentos. “Ele chegou aqui com a caixa de papelão com o bebê, pegamos ele e levamos para o hospital para ele (bebê) ser medicado, porque ele estava sujo de sangue e com o cordão umbilical”, complementou o 3º Sargento Fabrício, afirmando que "foi um choque" se deparar com essa situação. "É um choque. A gente já viu de tudo, mas isso nunca. Ser humano é ser humano", observou o sargento. Assegurados que o bebê estava sob cuidados, os policiais e Leandro seguiram para a 82ª Delegacia de Maricá registrar a ocorrência de abandono de incapaz. Leandro conta que no caminho da delegacia ele ligou para a esposa, que surpresa com a situação pediu para que ele levasse o bebê para casa, e a partir daí ele começou a avaliar a possibilidade de adotar o menino. “Ela me disse para levar para casa, eu disse que não podia ser assim. Estou cogitando a possibilidade de brigar pela criança na Justiça. Estou pedindo para as pessoas me ajudarem, me orientarem. Eu tenho três filhos e eu imaginei ali que fosse meu filho”, revela Leandro citando o momento do encontro. Leandro ressaltou que depois de toda situação foi novamente ao hospital para saber o estado de saúde da criança. “Voltei mais tarde, ele estava bem, nasceu com 56 centímetros e três quilos e pouco. O hospital está pedindo doações de roupa de fralda e eu estou pedindo aos meus amigos para ajudar”, completou. Atendendo a pedido do Conselho Tutelar de Maricá, a imagem do rosto da criança foi desfocado das duas matérias sobre o caso.
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