17/11/2016 às 17h01min - Atualizada em 17/11/2016 às 17h05min

Após seis meses, Zeidan consegue assinaturas para abrir CPI do Maracanã

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Após seis meses tentando conseguir 24 assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias que cercam a reforma do Maracanã e as obras do metrô, na Assembleia Legislativa do Rio, a deputada Rosangela Zeidan (PT) só atingiu o seu objetivo nesta quinta-feira, 17, dia que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi preso pela Polícia Federal. Até mesmo Cidinha Campos (PDT), antiga aliada de Cabral, assinou o documento. Zeidan começou a buscar assinaturas em maio deste ano, quando dirigentes da empreiteira Andrade Gutierrez contaram, em delação premiada, que Cabral exigiu propina de 5% do valor da obra do estádio. Na época, ela conseguiu apenas a adesão dos deputados do PSOL. Nem mesmo André Ceciliano (PT) e Carlos Minc (sem partido, ex-PT) quiseram se envolver. Nesta quinta-feira, procuradores do Ministério Público Federal disseram que o o esquema de corrupção que seria chefiado pelo ex-governador movimentou mais de R$ 220 milhões só em relação a três grandes obras: reforma do Maracanã, construção do Arco Metropolitano e PAC das Favelas. A A obra do Maracanã, orçada inicialmente em R$ 720 milhões, custou, ao final, pouco mais de R$ 1,2 bilhão. Na delação premiada de Rogério Nora, então presidente da construtora Andrade Gutierrez, é dito que a “contribuição” (termo usado para se refeirir à propina) para a reforma do estádio foi pedida numa conversa franca com o governador e o então secretário de Governo, Wilson Carlos.
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