Febre amarela: órgãos federais e municipal percorrem áreas silvestres de Maricá

[gallery columns="1" link="none" size="full" ids="118622"] Uma ação conjunta de integrantes da Vigilância Ambiental de Maricá, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde está percorrendo áreas silvestres da cidade desde a quarta-feira (26/04) em busca de possíveis indícios da presença da febre amarela. O grupo já havia passado pelo bairro do Espraiado e, nesta quinta (27/04), as equipes foram ao Bananal (onde uma pessoa morreu por causa da doença há cerca de dez dias) e Marine, e estiveram também no condomínio Bosque de Itapeba, circulando pela região de mata que lá existe. Dentro do residencial, os técnicos capturaram amostras de mosquitos nos locais e coletaram o sangue e implantaram microchips de monitoramento em três macacos da espécie saguí – três desses animais haviam sido encontrados mortos, sendo um no Espraiado e dois em São José de Imbassaí. De acordo com o biólogo Vladimir Vargas, da Fiocruz, o mesmo procedimento está sendo adotado em outros municípios que integram a área de bloqueio da doença. “Soubemos de macacos mortos nesta região e viemos ao condomínio para garantir que toda a região de mata foi vistoriada. A prioridade são as áreas silvestres e rurais, onde analisamos o ruído feitos por eles. Se houver muito silêncio, pode não ser um bom sinal”, avaliou ele, que recomendou à população que não ataque os animais. “O macaco é apenas um hospedeiro do vírus da febre amarela e mesmo assim temporário, porque morre em pouco tempo. O transmissor é o mosquito”, alertou. “O plano de vacinação que Maricá executa atualmente foi traçado em conjunto com a prefeitura e obedece os parâmetros estabelecidos”, garantiu o biólogo, antecipando que a vacinação contra a doença passará a ser rotineira e que, por isso, não há motivo para pressa em se vacinar. Pelo Ministério da Saúde, o também biólogo Danilo Simonini afirmou que o controle feito pela Prefeitura está sendo conduzido da forma correta e que o resultado da investigação feita nesta semana deverá sair até o fim de maio. “Estamos realizando o que chamamos de biometria, onde fazemos medições como altura, comprimento, circunferência de cabeça e outras”, explicou. Já a veterinária Micheli Ferreira, da Vigilância Ambiental de Maricá, afirmou que o trabalho chegará nos próximos dias à região de Inoã e Itaipuaçu, onde será realizada a chamada busca ativa. “Estamos ampliando esse trabalho até os limites com Niterói e São Gonçalo, por exemplo, sempre priorizando as áreas de mata”, disse ela. De acordo com a Secretaria de Saúde de Maricá, a vacinação chega a Itaipuaçu nesta sexta-feira (28/04), através do posto da saúde Santa Rita, que fica na esquina das ruas Douglas Marques Rienti (antiga Rua 83) e Antônio Marques Mathias (antiga 36). As vacinas também serão aplicadas nos postos de Ponta Grossa e nas duas unidades de São José de Imbassaí (na Estrada da Cachoeira e no Marine), todos até as 17 horas. O município deve receber um novo lote de 15 mil novas doses também nesta sexta-feira (28/04), quando as escolas da rede municipal não terão vacinação. Ao todo, 55 mil pessoas já foram imunizadas em Maricá e a meta do município é vacinar 130 mil pessoas. A Secretaria de Saúde de Maricá disponibilizou para questionamentos, dúvidas, reclamações ou elogios, o 'Alô Saúde!' Tel: 2637-3926 (horário comercial) ou entre em contato no WhatsApp: 21 99140-0674. 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