02/05/2017 às 13h23min - Atualizada em 02/05/2017 às 13h23min

Maricá tem cerca de 1 policial para cada 4.100 habitantes

[gallery columns="1" link="none" size="full" ids="119044"] Por Augusto Aguiar / A Tribuna- Os caminhos que levam à solução de um dos problemas que mais aflige a população de Maricá – a Segurança Pública – foram debatidos, na tarde de segunda-feira (24), na Câmara de Maricá e a escalada da violência na outrora pacata cidade foram revelados através da realidade da estatística. “Há um interesse em solucionar o problema. Nós temos a consciência dessa gravidade. Não há como ter política de segurança apenas colocando nossos policiais na cova dos leões. Hoje temos 36 policiais para 150 mil habitantes”, revelou a deputada estadual Rosângela Zeidan, que presidiu o encontro, que contou com a presença de autoridades representantes das polícias Civil e Militar e de associações de moradores. Essa relação, de cerca de 1 policial para cada 4.100 habitantes, remeteu o debate para uma antiga reivindicação da cidade, que é ter um batalhão próprio, mas que com o passar do tempo passou para a implantação de uma Companhia Independente na região com maior número efetivo. Ao longo do debate foi constatado que essa iniciativa não seria menos emergencial que outras para inibir o crescimento da violência. De acordo com requerimento na Assembleia Legislativa, Zeidan noticiou que o prefeito Fabiano Horta sinalizou positivamente para ceder um terreno, mão de obra, material e manutenção para a implantação de uma Companhia Independente. O secretário municipal de Segurança e Trânsito, Celso Netto, informou que serão utilizados contêineres como base para a instalação da Política Militar e da Guarda Municipal. A ideia é colocar esses módulos em pontos estratégicos do município, principalmente nas entradas da cidade. Serão mais policiais, guardas municipais e agentes de segurança trabalhando. Netto explicou que o processo para a aquisição dos módulos está em fase final. De setembro do ano passado a fevereiro desse ano, de acordo com números do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 27 homicídios dolosos em Maricá, o que sinaliza uma média de 1 assassinato por quinzena. No mesmo período, entre os quatro últimos meses do ano passado e os dois primeiros desse ano, 295 registros de roubos a transeuntes foram formalizados na 82ª DP (Maricá), 50 ocorrências por mês, quase duas por dia. Esses dados se traduzem em insegurança, de acordo com os moradores. No que se refere aos níveis de roubos de veículos, os números se equivalem à incidência de grandes centros urbanos, atingindo no mesmo período 20 veículos levados por marginais mensalmente, ou seja, 119 na totalização. O chamado “roubo de rua” – soma dos índices de roubo a coletivos, de celulares e transeuntes – também “convidam” para uma reflexão em busca de iniciativas de prevenção. De setembro do ano passado a fevereiro de 2017 foram 351 registros, uma média de 58 casos por mês. O presidente da Câmara, Aldair de Linda (PT), pediu o armamento da Guarda Municipal. “Fui presidente da Comissão de Segurança dessa casa por seis anos e conseguimos trazer o RAS. Essa medida diminuiu muito o índice de criminalidade. Falando da Guarda, acho que teríamos que capacitar a corporação e armar esses guardas. Seriam mais de 100 pessoas habilitadas para defender a população. Os bandidos estão assaltando com fuzis na cidade”, afirmou o presidente. Já o comandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Sidney Camargo, explicou que anualmente perdem-se entre 1.500 e 2 mil policiais militares. No mesmo encontro também foram relacionadas queixas de aumento da criminalidade em bairros como Itaipuaçu, Inoã, Spar, Santa Paula e até nas unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida. O titular da 82ª DP, delegado Júlio César Mulatinho, ressaltou que em 42 anos de profissão não havia visto um apoio tão grande do Poder Executivo. “O município está disposto a ceder viatura e pessoal para ajudar na delegacia”, afirmou, acrescentando a população pode auxiliar a polícia formalizando registros de ocorrência, contribuindo assim para o mapeamento da chamada mancha criminal na cidade.
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