23/08/2018 às 14h17min - Atualizada em 24/08/2018 às 09h17min

Motoristas das linhas de ônibus de Maricá, vítimas de assaltos, passam por acompanhamento psicológico


Tirar aquele cochilo dentro de ônibus, coisa habitual para quem sai cedo para trabalhar ou quem retorna cansado do final do dia, tem sido cada vez mais perigoso para quem depende das linhas que circulam pelas RJ-106 e RJ-104, entre os municípios de Marica, São Gonçalo e Niterói. Somente na última terça-feira, três ônibus da Viação Nossa Senhora do Amparo, que fazem os trajetos Marica X Rio de Janeiro, sofreram assaltos. Somente no mês de agosto, a empresa já registrou 14 roubos em seus coletivos. A incidência criminal, no entanto, não é exclusividade da empresa, já que de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), somente no primeiro semestre de 2018, os ônibus que circulam nessa região sofreram um aumento de 40% de roubos, referente ao mesmo período de 2017. Incluindo Itaboraí e Tanguá, a região já registra 698 roubos a coletivos. Conforme dados levantados pela equipe de inteligência da Viação Nossa Senhora do Amparo, dos 14 roubos sofridos somente em agosto, seis aconteceram da altura do Caramujo, em Niterói. Os outros sete casos aconteceram entre os bairros de Maria Paula, Arsenal, Rio do Ouro e Várzea das Moças. Na região Portuária do Rio, apenas um coletivo foi assaltado no mês de agosto. “Os motoristas não sabem quem é bandido e quem é passageiro. E por lei, ele é obrigado a parar em todos os pontos em que alguém faz sinal”, explicou o gerente de operações, Marcelo Alves, funcionário da Nossa Senhora do Amparo. Empresa que atualmente criou novas táticas para tentar minimizar os traumas sofridos pelos funcionários e pelos passageiros, assim como os prejuízos sofridos pela empresa. “Atualmente a gente conta com uma equipe que faz avaliação em todos os funcionários que passaram por qualquer situação traumática. Nessa avaliação, a gente segue com acompanhamento psicológico ou acompanhamento médico, e quando necessário, o funcionário é afastado do trabalho com folga remunerada, para conseguir voltar à ativa sem nenhum trauma emocional” explicou.  
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