02/09/2018 às 13h07min - Atualizada em 02/09/2018 às 13h09min

ANP autoriza a construção dos trechos marítimo raso e terrestre do gasoduto Rota 3 entre Maricá e Itaboraí


Um importante sinal para o mercado nacional de óleo e gás. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu nesta semana, durante a reunião de sua diretoria colegiada, autorizar a construção dos trechos marítimo raso e terrestre do gasoduto do projeto Rota 3, que tem como objetivo escoar a produção do polo pré-sal da Bacia de Santos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ao todo, a linha terá aproximadamente 355 km de extensão total, sendo 307 km referentes ao trecho marítimo e 48 km relativos ao terrestre, com uma vazão de cerca de 18 milhões de m³ de gás natural por dia. Ao que tudo indica, a retomada do Comperj vai caminhando, ainda que a passos lentos. Como se sabe, o projeto do Rota 3 engloba também a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) da refinaria. Em meados do mês de agosto, o diretor de desenvolvimento da produção e tecnologia da Petrobrás, Hugo Repsold, disse que as obras para o empreendimento contarão com até 3 mil trabalhadores até o final deste ano. Agora, com o sinal verde da ANP, autorizando a conclusão do trecho terrestre do Rota 3, cresce a expectativa de aumento de geração de empregos. Conforme o Petronoticias revelou em reportagem, o consórcio formado pelas empresas Encalso/Concremat apresentou o melhor preço da licitação para construção da parte terrestre do Gasoduto Rota 3. Até agora, não houve nenhum anúncio confirmando a assinatura do contrato. A equipe de reportagem procurou a Petrobrás, questionando se o acordo foi firmado. Por telefone, a assessoria de imprensa da estatal respondeu dizendo que a licitação permanece “em andamento” e que “ainda não houve a assinatura“. Quanto à UPGN, os trabalhos já estão sendo tocados pela empresa chinesa Shandong Kerui Petroleum e pela brasileira Método Potencial. Tanto a UPGN quanto o gasoduto Rota 3 estão previstos para 2020 e a ideia é que funcionem integrados. A unidade de processamento de gás do Comperj será a maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de m³ por dia. O empreendimento vai dar um salto considerável na capacidade de escoamento e processamento de gás do pré-sal da Petrobrás, que passará de 23 milhões de m³ para 44 milhões de m³ por dia. Quanto ao gasoduto, ele chegará à costa do município de Maricá (RJ), pela praia de Jaconé, passando por diversos bairros de Maricá até chegar ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj),em Itaboraí. As licenças de instalação referentes ao trecho marítimo da linha, compreendido entre as lâminas d’água de 58 m e 2.190 m de profundidade foram emitidas pelo Ibama ainda em 2016. As atividades para instalação deste trecho foram iniciadas em outubro daquele ano. A Petrobrás também já recebeu a licença para a parte terrestre.
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