03/09/2018 às 20h40min - Atualizada em 03/09/2018 às 20h40min

Curador do Museu Matriz, de Maricá, emite nota sobre incêndio no Museu Nacional


[gallery columns="1" size="full" ids="169605"] O curador do Museu Matriz, localizado na Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Ciro Quintella Lacerda, emitiu uma nota sobre o triste episódio do incêndio no Museu Nacional na noite do domingo (2). “CONSTRUÍMOS UM FUTURO, SEM PRESERVAR O PASSADO! Caríssimos irmãos, benfeitores do Projeto de Restauração da Matriz- 2018. Hoje, dia 03 de Setembro de 2018, acordamos perplexos com a maior Tragédia Cultural e Científica da história do nosso país. Ontem o Paço Imperial de São Cristóvão, antiga Residência Oficial dos Imperadores do Brasil, na atualidade o Museu Nacional, ardeu em chamas levando consigo um Acervo Histórico, Cultura, Científico, Arqueológico do Brasil e da América Latina. O Acervo do Museu Nacional continha ilustre peças como: o Meteorito de 5 toneladas, o 1° Dinossauro montado no Brasil, a Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, a maior Coleção Clássica da América Latina, a maior Coleção Egípcia da América Latina adquirida por Dom Pedro II, uma Coleção Indígena de valor imensurável; sem contar com a maior Coleção de Borboletas, a Coleção de Fósseis, Documentos Históricos e tudo o o que mais compunha o Acervo de mais de 20 milhões de itens do Paço Imperial criado por Dom João VI, em 1818. Às vésperas dos 196 anos da Decretação da Independência do Brasil pela Regente do Reino do Brasil, D. Leopoldina de Habsburgo-Lorena, e 200 anos de criação do Museu Nacional, o Paço Imperial da São Cristóvão ardeu em chamas, queimando consigo um legado de 200 anos de preservação e conservação de cientistas e historiadores para as futuras gerações. A falta de iniciativa pública, por parte dos nossos governantes é a lamentável tragédia contemplada por nossos dias. A ganância de se construir um futuro sem olhar para o seu passado é o processo mais destrutivo que uma nação pode ter, pois não temos heróis nacionais e hoje não temos passado. A desconstrução dos valores do homem, pois ele já não sabe mais quem ele é, ou quem ele foi. A Curadoria do Museu de Arte Sacra da Paróquia Nossa Senhora do Amparo: “MATRIZ MUSEU NOSSA SENHORA DO AMPARO” lamenta a morte do nosso passado, que lutava para se manter vivo no “MUSEU NACIONAL”. O “MATRIZ MUSEU” mantem um grande Acervo Cultural e Religioso da Cidade de Maricá, que se não preservado se consumirá pela ação do tempo; onde futuras gerações também como no “MUSEU NACIONAL” jamais poderão contemplar quem nós fomos! Em meio aos acontecimentos do incêndio criminoso acometido no “Museu Nacional” estamos preocupados na conservação do Arcevo Sacro e Cultural de Maricá, que está preservado na Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo. Devemos ter o maior zelo e cuidado para que não aconteça em nosso Museu o que aconteceu no “Museu Nacional” e se perder mais uma página da nossa história. Ajudem-nos na preservação da nossa origem, aqui também em Maricá a “CASA DE CULTURA”, antiquíssimo prédio de Câmara e Cadeia da Villa de Santa Maria de Maricá, instituído por Dom João VI, Príncipe Regente, está com suas obras paradas há anos e pela ação do tempo se arruinando! Não podemos mais ficar parados e ver o legado da nossa história se sucumbir por falta de interesse público, devemos cobrar dos nossos governantes iniciativas públicas que viabilizem condições de preservação do patrimônio histórico e cultural, não somente de Maricá, mas do Brasil. Att. Ciro Quintella Lacerda Curador do Matriz Museu Nossa Senhora do Amparo”
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