09/11/2018 às 12h19min - Atualizada em 09/11/2018 às 12h19min

Situação do Maricá na Terceirona do Carioca voltará a ser julgada pelo Superior Tribunal de Justiça Despotiva


Já é justo dizer: ninguém aguenta mais a paralisação da Série B2 do Campeonato Carioca. Três semanas depois do último rolar da bola pela terceira divisão do Estadual, o caso segue em compasso de espera e não há qualquer sinalização por parte da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) de que a competição será retomada. Porém, o caso pode ter novos desdobramentos na próxima semana: o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) voltará a julgar o caso que envolveu a absolvição do Maricá da perda de seis pontos sofrida no Pleno do TJD, que recolocou o time na competição após ela ter prosseguido em um cenário que já não contava com a participação do clube. O resultado do julgamento poderá, novamente, alterar os rumos da competição. O STJD definiu para a próxima quarta-feira (14) a data do julgamento de embargos opostos pela FERJ sobre o processo. Isto significa que foi solicitado ao juiz o esclarecimento de fatos que não tenham ficado claros dentro do julgamento realizado no último dia 25 de outubro, o que pode gerar mais uma reviravolta no caso, embora o STJD seja a última instância a se recorrer, dentro da esfera esportiva. Desde a primeira acusação ao Maricá, houve três veredictos diferentes da parte de três tribunais. O Maricá foi denunciado pela escalação do atacante Felipe Zuca, que jogou a Série B2 com contrato de atleta amador, mesmo tendo nascido em 1997. Em sua defesa, o clube sustentou que o atleta disputou as partidas ainda tendo 20 anos de idade (21 incompletos), o que lhe garantia o direito de disputar a competição sem um contrato profissional, amparado pela Lei Pelé. Em primeira instância, o clube foi absolvido, mas punido na instância superior, com a perda de seis pontos. Neste meio tempo, a competição ficou paralisada até que se definisse a pena, já que o Maricá tinha conseguido a classificação tanto para as semifinais do segundo turno quanto para a semifinal geral do campeonato e uma perda de pontos poderia alterar toda a configuração. De fato, após o resultado do Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva, o Maricá ficou com seis pontos a menos e fora das duas semifinais, perdendo assim as chances de acesso. O campeonato seguiu adiante com o "sinal verde" por parte da FERJ, mesmo com a possibilidade de reversão da pena no STJD. Em campo, o Pérolas Negras foi campeão do segundo turno, enquanto Nova Cidade e Campos conquistaram o acesso à Segundona do ano que vem. Porém, dois dias antes da grande decisão do título, envolvendo as duas equipes, a Comissão Disciplinar do STJD absolveu o Maricá, que voltou a ter a pontuação obtida antes de todos os julgamentos. Aparentemente, sem saber o que fazer, a Federação paralisou a Terceirona a pouco mais de 48 horas da final e, desde então, vem tentando encontrar uma solução para o campeonato, uma vez que a retomada dos pontos por parte do Maricá o coloca, por direito, na luta pela classificação. No entanto, os feitos de Nova Cidade e Campos foram conquistados dentro das quatro linhas. Com a longa demora para a definição, os clubes envolvidos no imbróglio já encontram dificuldades para manter jogadores no caso de uma eventual retomada da competição. Nesta terça, o técnico do Pérolas Negras, Neto Colucci, comentou à Rádio do Comércio sobre rumores que ouviu, relativos ao que será feito do campeonato, o que envolveria a anulação dos jogos disputados a partir da semifinal do returno e até um inimaginável acesso das cinco equipes que, em tese, ainda estariam vivas na luta para subir (Nova Cidade, Campos, Queimados, Pérolas e Maricá), o que "incharia" a Segundona do ano que vem, que passaria a ter 22 clubes. Seja qual for a definição, o cheiro de "virada de mesa" na Terceirona vai ficando cada vez mais forte.
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