13/12/2018 às 11h51min - Atualizada em 13/12/2018 às 11h51min

Supermercado de Inoã recebeu parte de carga desviada por PMs de caminhões roubados, diz delegado


Parte da carga de carnes desviada por PMs alvos da Operação Purificação, deflagrada nesta quinta-feira (13), foi parar em um supermercado. O comércio fica em Inoã, em Maricá, Região Metropolitana do Rio, e está sendo investigado por possível receptação. A investida mira policiais militares flagrados desviando carga de dois caminhões frigoríficos roubados em maio. A força-tarefa do MP-RJ e das polícias Civil e Militar cumpriu 12 dos 14 mandados de prisão. Um procurado está foragido, e outro foi encontrado morto dentro do Batalhão de São Gonçalo quando agentes da Polícia Judiciária Militar chegavam à unidade. A delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, confirmou que a hipótese mais provável é de suicídio. A Corregedoria da PM também confirmou. A investigação começou com a morte de um PM por ladrões de carga, detalhou o delegado Allan Duarte. “Estava de folga e na escolta de uma carga. A equipe se deparou com uma quadrilha. Houve confronto, e esse policial militar acabou morrendo", lembrou. "A partir da busca por essas quadrilhas, chegamos às imagens que iniciaram essas investigações”, explicou a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niteroi, São Gonçalo e Itaboraí. "As investigações não param por aqui, porque precisamos identificar outros que participam disso, incluindo outros agentes públicos e roubadores de carga”, garantiu Duarte. Segundo as investigações, em vez de seguir com os caminhões, as vítimas e a carga para a delegacia da área, onde o caso seria registrado, o grupo acionou outras viaturas, carros do serviço reservado e particulares e até um frete particular para transportar as caixas. Toda a dinâmica, que durou mais de três horas, foi flagrada por câmeras de segurança da rua. Ao todo, os policiais realizaram 13 viagens, e alguns veículos foram usados mais de uma vez. Na 72ª DP (Mutuá), onde a ocorrência foi comunicada à Polícia Civil, foram apresentadas apenas 10 caixas, aproximadamente 180 kg, da mercadoria. Os caminhões levavam quase dez vezes isso, entre carne bovina, suína, frango e frios. Os suspeitos vão responder por crime de peculato-desvio – quando um funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel. Os suspeitos podem pegar até 12 anos de prisão. Até o fechamento desta matéria, a Polícia ainda não havia divulgado o nome do mercado.
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