Os candidatos às vagas reservadas para negros no concurso público para a Prefeitura de Maricá começaram a comparecer nesta quarta-feira (26/12) para confirmar a informação prestada no ato da inscrição. A avaliação, chamada de ‘heteroidentificação’, foi feita por membros de entidades da sociedade civil e é a última etapa do certame. O processo está sendo realizado na sede do Instituto de Seguridade Social de Maricá (ISSM), que fica na Rua Amadeu Pugliese, na Mumbuca e está sendo registrado em vídeo. No primeiro dia, ele foi destinado a 103 candidatos ao cargo professor docente I (6º e o 9º anos do ensino fundamental).Nesta quinta-feira (27), será a vez de 164 professores docentes II (do 1º ao 5º anos) e orientadores educacionais e pedagógicos. na sexta (28), comparecem 168 candidatos a inspetor escolar e da área administrativa. A primeira a ser avaliada pela banca foi Priscila Nunes, de 30 anos, que dá aulas de Língua Portuguesa e está no sexto mês de gravidez de Samuel. “Quando fiz o concurso para a rede estadual, não havia esse processo que considero interessante, um sinal de transparência”, avaliou ela, que mora no Jardim Atlântico, em Itaipuaçu.Já para o professor de Educação Física Pedro Oliveira, a etapa é importante porque pode evitar fraudes no concurso. “Tem muito negro ou pardo de ocasião por aí, e o povo sempre tenta burlar tudo o que pode. Identidade é uma coisa que se constrói e isso mostra que se quer manter a lisura”, afirmou o candidato de 31 anos, que mora em Niterói dá aulas em São Pedro da Aldeia e Cabo Frio (ambas cidades da Região dos Lagos).A avaliação está prevista no ítem 25 do edital do concurso público, que versa sobre vagas reservadas para negros (pretos ou pardos). O coordenador do concurso, João Orban, garantiu que os aprovados nesta etapa ficam muito perto de garantir sua vaga dependendo da colocação. “Este é um ato que garante a transparência e a seriedade do concurso”, afirmou.
