22/01/2020 às 13h37min - Atualizada em 22/01/2020 às 19h22min

Comerciantes tiram dúvidas sobre remodelagem da praça central de Maricá

Fotos: Clarildo Menezes

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (COMDECO) reuniu nesta terça-feira (21/01) seus membros e outros comerciantes do entorno da Praça Orlando de Barros Pimentel, para conhecer melhor o projeto de remodelagem do principal espaço público do Centro de Maricá.

O encontro foi realizado no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, também no Centro, com a participação de integrantes desta pasta e também da autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar), responsável pela intervenção, que tem previsão de duração de oito meses. Durante a execução da obra, as reuniões do conselho vão ocorrer mensalmente para acompanhar e avaliar seu andamento.

Um vídeo foi exibido aos presentes mostrando como ficará a praça após a remodelagem. Com a retirada do anfiteatro e da Casa Digital, está prevista a instalação de itens como nova arborização (somada à atual, que será mantida), iluminação especial com luzes de led, acessibilidade e brinquedos para crianças.

Os comerciantes que participaram da reunião levantaram suas dúvidas sobre o projeto a ser executado e fizeram algumas perguntas. A maior parte dos questionamentos era sobre possíveis alagamentos próximos à praça, em decorrência das chuvas, como a que ocorreu no último dia 13/01. De acordo com o arquiteto Flávio Nobre, responsável pelo projeto, esta parte será esclarecida na próxima reunião do conselho, prevista para fevereiro.

“Vamos trazer este tópico no próximo encontro, pois é algo que preocupa a todos. Sobre a obra, creio que um dos grandes benefícios é que haverá uma iluminação que não deixará nenhum ponto escuro no local, como existe atualmente”, afirmou o representante da Somar, que disse ainda que a empresa responsável pela obra está recebendo currículos para contratar mão de obra local (uma exigência da autarquia nas licitações). Enquanto não ocorre a demolição do anfiteatro, os interessados podem procurar o espaço que fica atrás da estrutura, na esquina com a Rua Almeida Fagundes.

Ainda de acordo com a Somar, um fiscal do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) acompanha o trabalho realizado no local. Para a historiadora Renata Gama, a obra vai valorizar o caráter histórico do espaço.

“A Casa de Cultura, que já serviu de casa de Câmara Municipal e cadeia, é um prédio com quase 180 anos de história, uma jóia de nossa cidade que volta a ser valorizada e ganha um protagonismo na praça. Isso é parte de um processo de autoestima que é necessário ao cidadão, sem falar nos outros benefícios que essa revitalização vai trazer”, avaliou ela.

O vice-presidente da Associação Comercial de Maricá, Delfim Moreira, declarou que o projeto vinha sendo aguardado há anos e é muito bem vindo. “O mais importante é que estamos vendo o projeto antes de ele ser executado, o que não era comum ocorrer anteriormente. Vemos que o espaço está sendo pensado para a aplicação dos recursos, diferentemente de muitas cidades que dispõe de royalties de petróleo. Nós só temos a comemorar”, garantiu.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha, a preocupação agora é minimizar o que chamou de ‘dor de cabeça’ que toda obra acarreta até na casa das pessoas. “É o nosso principal desafio amenizar os transtornos que a intervenção vai trazer, como a questão do recuo dos ônibus, que esta sendo estudada. Creio que com criatividade e diálogo poderemos resolver, mas há um consenso em todo o comércio local de que a obra será um divisor de águas para todos que atuam aqui”, reforçou.



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