18/02/2020 às 09h18min - Atualizada em 18/02/2020 às 14h25min

Projeto “Tô na Orla” promove o acesso de pessoas com deficiências à Praia de Ponta Negra

Emoção é o que define o sentimento dos familiares e das pessoas com deficiência (PCD’s) que participam do projeto “Tô na Orla”. Por iniciativa da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, o projeto acontece na praia de Ponta de Negra e possibilita o banho de mar às pessoas com deficiência.

Foi o caso do Rodrigo Frazão, de 17 anos, que pela primeira vez foi beneficiado com o banho de mar sentado na cadeira anfíbia, acompanhado dos guarda-vidas. Sua mãe, Sidnéia da Silva Frazão, de 48 anos, contou qual foi a sensação em ver a alegria de seu filho ao entrar na água.

“Foi uma emoção muito grande. Há um tempo ele se assustou quando entramos na água. Dessa vez, ele ficou bem e estava confortável na cadeira. Foi muito bom”, disse a dona de casa. “Os guarda-vidas foram muito atenciosos com o Rodrigo e tiveram muito cuidado. As pessoas podem vir que vão ser muito bem cuidadas”, ressaltou.

De acordo com o coordenador operacional da pasta, major Gilvane Dias, mesmo o mar não estando em perfeitas condições para o banho, as pessoas podem curtir o dia na praia. “Queremos fornecer não só o banho de mar, e sim o ambiente de praia. Que a pessoa com deficiência saiba que pode vir à praia, que vai ter alguém para recebê-la e que ela vai poder colocar o pé na areia”, afirmou.

Ainda segundo o major, o projeto se solidificou quando uniu outras entidades afins como a autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar), que cedeu o tapete de acesso à praia; a Secretaria de Direitos Humanos, que disponibilizou uma van para aqueles que não tinham como chegar ao local do projeto e o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (COMDEF).

“Temos uma esteira ecológica feita de paletes, temos os tapetes que são os mesmos utilizados nas academias ao ar livre e temos as barracas dos projetos da Defesa Civil. Pegamos toda a estrutura e trouxemos pra cá”, finalizou.

“Ver a felicidade e a satisfação das pessoas quando entram no mar após 10, 15 anos, não tem preço. É muito difícil uma pessoa com deficiência ou então com a mobilidade reduzida acessar ao mar devido a extensão da faixa de areia. O que eles estão fazendo por nós é bom demais”, declarou a representante do Comdef Michele Crisóstemo, que acompanhou de perto a execução do projeto.

Para a segurança do banho, o “Tô na Orla” conta com o apoio de 10 salva-vidas capacitados para exercerem a atividade. Eles passaram por um treinamento específico no Rio de Janeiro por meio do projeto “Praia para todos”. O “Tô na Orla” possui duas cadeiras anfíbias adquiridas pela Prefeitura, através da Secretaria de Proteção e Defesa Civil. Elas são infláveis e seus pneus funcionam como boias dentro d’água.



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