19/08/2020 às 15h25min - Atualizada em 19/08/2020 às 17h59min

Técnica japonesa será usada para acabar com a poluição das lagoas de Maricá

Visando garantir melhorias na infraestrutura do saneamento básico no Brasil, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) celebraram dois termos de cooperação técnica para a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) em municípios com menos de 50 mil habitantes, nos estados do Maranhão e Espírito Santo.

O resultado está prestes a sair do papel. Mesma realidade que promete, em outra abordagem, se concretizar em Maricá, onde será instalado um Centro de Pesquisas em Saneamento e Estudos Oceanográfico (AEQUOR), fruto de acordo selado em maio deste ano pela UFF e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).

Elo entre os dois projetos, o professor do Instituto de Geociências da UFF e um dos coordenadores da equipe técnica do projeto no Maranhão e Espírito Santo, Estefan Monteiro da Fonseca, ressalta que até o momento foram desenvolvidos 141 Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) e de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PMGIRS). "O PMSB é um instrumento de planejamento e gestão desenvolvido em sete etapas, se comprometendo com a conservação dos recursos naturais, em especial da água e do solo", explica.

O Centro AEQUOR será munido de diversos laboratórios de alta qualidade tecnológica no desenvolvimento de técnicas de remediação de ambientes poluidos. Nele serão feitos estudos que contarão com o apoio de diversas entidades nacionais e internacionais. Já estão previstas as visitas de pesquisadores do Japão e Reino Unido. Para a despoluição da Lagoa de Maricá (LAGOAS VIVAS) será utilizada a técnica japonesa dos Microorganismos Efetivos.

Nela, um grupo de 86 microorganismos são introduzidos no sistema lagunar e seus cinco córregos e os mesmos se encarregam da limpeza do lodo. A expectativa é que tenha fim o mau cheiro resultante do descarte de esgoto logo dois meses após a aplicação do Método. Esta técnica já é usada no Japão e outros países do mundo desde 1986. A técnica já é licenciada pela ANVISA e IBAMA. A UFF estabeleceu um termo de Cooperação com a Empresa Alevinus detentora da licença para o uso da técnica do Rio de Janeiro com o objetivo de importação de tecnologia e aperfeiçoamento da mesma.


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