16/12/2020 às 13h57min - Atualizada em 16/12/2020 às 16h37min

MORHAN faz campanha educativa de prevenção a Hanseníase nas aldeias indígenas de Maricá

Fotos: Fáqueco Corrêa

Por Ana Farias- O projeto Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e a Fundação de Saúde Sasakawa, do Japão, juntamente com a Secretaria de Saúde de Maricá realizou uma campanha educativa sobre a prevenção da Hanseníase na manhã desta terça-feira e quarta-feira, dias 15 e 16, nas aldeias indígenas de Maricá.

A campanha aconteceu nas Aldeias Mata Bonita e Céu Azul. A campanha tem o intuito de prevenir a Hanseníase e também, o COVID nas aldeias indígenas. No evento, foram realizadas palestras e peças teatrais, onde foi possível passar informações importantes sobre a prevenção, tratamento, diagnóstico e também a reabilitação das pessoas atingidas pela doença.

Ao todo, 200 famílias no Brasil foram selecionadas para o projeto e serão acompanhadas – por três ou quatro meses dependendo do local – e receberão cestas básicas, materiais de higiene, limpeza e proteção contra covid-19 (máscaras e álcool gel).

Antes do trabalho de campo, as coordenações das equipes locais passaram por uma capacitação em redução de danos para adoção do protocolo de segurança do Morhan para todas as atividades, que envolve utilização adequada de EPIs, distanciamento, higienização e outros tópicos.

O QUE É A HANSENÍASE?

A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.

A TRANSMISSÃO

A Hanseníase é transmissível através da respiração. Mas esse contágio tem algumas características especiais: A pessoa, com a doença, sem tratamento e na forma transmissível da doença e um convívio prolongado com esse indivíduo. Tão logo seja iniciado o tratamento a doença deixa de ser transmissível. É por isso que é importante diagnosticar a doença logo no início.

Hanseníase no Brasil e no RJ

O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. Com 931 casos novos em 2019, o estado do Rio de Janeiro registrou uma taxa de detecção 5,52 casos novos para cada 100 mil habitantes. “Em 2020 há o problema adicional do subdiagnóstico: com a desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19, o Brasil tem diagnosticado muito menos casos de hanseníase do que deveria”, alerta Faustino.

Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108.

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