18/01/2021 às 15h32min - Atualizada em 18/01/2021 às 21h39min

Prefeitura inicia projeto de educação e preservação em Ponta Negra

Fotos: Marcos Fabrício

Este é o primeiro fim de semana do projeto EcoAtitude 2021, uma iniciativa da Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá com objetivo de preservação de áreas de interesse turístico e ecológico da cidade.

O local escolhido para a estreia foi o acesso à praia e à gruta da Sacristia, em Ponta Negra, onde foi montada uma tenda para distribuição de panfletos e recomendações aos visitantes. Pesquisadores e técnicos em geologia da UERJ, da UFRJ e do Departamento de Recursos Minerais do Estado (DRM-RJ) participam do projeto nesta primeira ação.

O secretário Hélter Ferreira afirmou que a meta do projeto é fazer a população conhecer para preservar. “Maricá possui mais de 60% de seu território inserido em áreas protegidas e o inicio deste projeto na Sacristia simboliza a nossa preocupação em resguardar essa  grande riqueza geológica.  As ações vão levar conhecimento e informação aos nossos cidadãos e turistas”, completou.

De acordo com o subsecretário Guilherme Mota, em cada fim de semana haverá um grupo diferente participando do projeto, que vai se estender por todo o verão. Para a semana que vem, por exemplo, o local escolhido é a Pedra de Itaocaia, em Itaipuaçu.

“Haverá sempre alguém na tenda falando da importância de áreas como esta aqui. Estamos também monitorando este e outros locais para coibir o turismo predatório de que a Sacristia foi vítima”, afirmou Guilherme, lembrando as recentes pichações feitas na gruta e em outros locais de Ponta Negra.

Para Marcos Cambra, professor e pesquisador da Faculdade de Geologia da UERJ, esses atos de vandalismo devem ser coibidos o máximo possível especialmente em locais como este, que são um grande patrimônio natural.

“Essas rochas que estão aqui são um registro da história do planeta Terra, e estamos aqui para informar aos visitantes sobre sua importância. São rochas com dois bilhões de anos e que, no caso dessas, são um pedaço da África que ficou aqui com a divisão dos continentes, começando neste trecho e seguindo até Macaé. Além da beleza natural e da vida marinha riquíssima, há também uma importância didática e cultural para a cidade”, explicou o professor.

Quem estava no loca aprovou a iniciativa. “É muito importante e necessária esta ação, porque a natureza é o bem maior que temos”, resumiu o engenheiro naval Mário Gutemberg, que foi conhecer a Sacristia com um grupo de amigos da Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio). Já o comerciante Erezir Teixeira Gonçalves veio de Santa Cruz (na mesma região carioca) acompanhado da família disse que gostou de ver a estrutura montada. “É muito bom para dar educação e consciência ao povo, que muitas vezes ignora como é importante preservar”, lembrou.


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