Por Gabriela Rodrigues
Dia 19 de abril é marcado como o Dia do Índio no calendário brasileiro. Se não estivéssemos vivendo uma pandemia, poderíamos encontrar hoje crianças saindo das escolas fantasiadas com o cocar de penas, e tinta no rosto, em referência à data. Mas por que se comemora este dia?
A data não foi escolhida por acaso. Há 81 anos, delegados indígenas, representantes de várias etnias de países como o Chile e o México, reuniram-se no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Já nesta época existia uma preocupação em debater a situação dos povos indígenas, que foram colonizados por séculos.
O dia foi fixado então como uma forma de homenagear os povos indígenas, e aos poucos, os países do continente americano adotaram a ideia.
Aqui no Brasil, a data foi instaurada dois anos após a reunião, em 1943. O então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, cria um decreto-lei instituindo o Dia do Índio.
A celebração do Dia do Índio tem como propósito preservar a memória e trazer uma maior compreensão sobre hábitos e costumes dos povos indígenas.
Aqui em Maricá é possível conhecer um pouco da cultura indígena, que é preservada e perpetuada pelos integrantes da Aldeia Mata Verde Bonita. Na aldeia, ainda pode-se encontrar pessoas que nunca aprenderam outro idioma, apenas o tupi-guarani.
Além de exaltar a cultura, esta data é necessária para refletir criticamente sobre os efeitos da colonização sobre esta população, que sofre até hoje os efeitos da exploração, através do preconceito, da violência, da marginalização e da falta de oportunidades.
Apesar de representarem 5% da população mundial, os povos compõem cerca de um terço da população mais pobre do mundo, e lutam até os dias atuais por mais dignidade e para que seus direitos sejam respeitados como cidadãos e seres humanos.
