29/07/2021 às 13h24min - Atualizada em 30/07/2021 às 03h44min

Manhã de medalhas: Rebeca Andrade e Mayra Aguiar conquistam prata e bronze para o Brasil

Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG e REUTERS/Sergio Perez

Por Jade Carvalho - As atletas brasileiras Rebeca Andrade e Mayra Aguiar conquistaram medalhas de prata e bronze, respectivamente, na ginástica artística e no judô, na manhã desta quinta-feira, 29, na Olimpíada de Tóquio, no Japão.

Ginástica Artística

Após duas graves lesões, a paulista Rebeca Andrade, de 22 anos, garantiu a prata na ginástica artística após sua apresentação no solo ao som de ‘Baile de Favela’. A medalha foi conquistada no individual geral, categoria que define as ginastas mais completas do mundo.

Para conquistar seu lugar no pódio, Rebeca precisou pontuar bem nos quatro aparelhos: salto, barras paralelas, trave e solo. No fim da somatória, a brasileira ficou com 57.298 pontos, ficando atrás somente da americana Sunisa Lee.

A conquista foi histórica, já que foi a primeira medalha olímpica na ginástica artística feminina da história.

História de superação

Para chegar ao pódio da Olimpíada, Rebeca Andrade passou por muitas dificuldades ao longo de sua carreira. A jovem foi criada por sua mãe, Dona Rosa, em uma periferia de Guarulhos, em São Paulo. Como empregada doméstica, Dona Rosa criou oito filhos em uma casa de um cômodo.

A atleta começou na ginástica por incentivo de sua tia, treinando em um projeto da Secretaria de Esportes de Guarulhos, no ginásio Bonifácio Cardoso, na Vila Tijuco. Aos seus 9 anos, Rebeca - que já era destaque - saiu de casa para treinar em Curitiba com sua treinadora Keli Kitaura. Posteriomente, a jovem foi contratada pelo Flamengo e se mudou para o Rio de Janeiro. Com saudade de casa e da família, por muitas vezes, a ginasta pensou em desistir, mas recebia sempre o apoio de sua mãe para que pudesse continuar.

Lesões

Em 2014, Rebeca teve sua primeira lesão e teve que passar por uma cirurgia no pé. Em 2015, uma lesão grave: rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito. Após 8 meses sem treinar, novamente a jovem pensou em desistir e foi mais uma vez incentivada por Dona Rosa.

Em 2017 e 2019, novas lesões no mesmo joelho, mas que não impediram Rebeca de conseguir vaga para Tóquio 2020/21 em sua última chance, em um campeonato que quase não aconteceu devido à pandemia de Covid-19, o Pan-Americano do Rio de Janeiro.

Judô

A experiente Mayra Aguiar, de 29 anos, garantiu sua medalha de bronze no judô após vencer a sul-coreana Hyunji Yoon com um ippon com mobilização na categoria até 78kg.

A luta começou difícil, com as duas judocas tomando shidos em punição por falta de combatividade. Em seguida, Mayra levou a sul-coreana ao chão, a imobilizando com um kuzure-kami-shiho-gatame por 20 segundos e garantindo o bronze.

A medalha de Mayra também é histórica: foi sua terceira seguida em Olimpíadas. As outras duas foram conquistadas na Rio 2016 e em Londres 2012. Com a conquista, a judoca se tornou a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual.


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