Estrutura existe no local há aproximadamente dois anos, mas moradores preferem atravessar pela Rodovia.
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REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS - O movimento de veículos é intenso no km 28 da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). Sobre o acostamento, um idoso de bicicleta espera para atravessar um dos lados da pista. O fluxo diminui apenas por alguns instantes, mas é o suficiente para que ele se arrisque entre os carros.
A travessia, imprudente, foi flagrada pelo Lei Seca Maricá na manhã desta quarta-feira, a poucos metros da passarela que leva de um lado a outro da Rodovia. A estrutura existe no local há aproximadamente dois anos. Mesmo assim, a maioria dos pedestres prefere atravessar por baixo da estrutura, entre os carros.
O Lei Seca Maricá flagrou, em 40 minutos, trinta e cinco travessias perigosas pela Rodovia - contra cinco passagens pela passarela. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o último atropelamento na área próxima à passarela ocorreu no último domingo (05). O local é considerado perigoso.
- Se a travessia está ali, é porque estudos indicaram que é perigoso atravessar. Quem não usa a passarela acaba assumindo o risco de ser atropelado - disse um comerciante da localidade.
O Inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) Carlos Alberto da Nóbrega avaliou a estrutura e disse que a passarela é segura. Mas, entre os usuários, há quem se negue a passar por ali alegando que a inclinação das rampas é elevada demais.
- Tenho problemas nos joelhos e não consigo subir a rampa. Acabei perdendo dois ônibus porque estava esperando para atravessar, acho que deveriam colocar novamente o radar no sentido Região dos Lagos- diz Janaína, de 72 anos, que atravessou a Rodovia por baixo da passarela.
Segundo o especialista, o fato de existir um radar a poucos metros da travessia, no sentido Niterói da Rodovia, é um dos elementos que favorecem a escolha de quem prefere atravessar a Rodovia a subir a passarela. A lombada diminui a velocidade dos veículos e facilita a travessia.
Ele sugere, ainda, a instalação de guarda-corpos mais altos na passarela e do soterramento da fiação elétrica, que passa próximo à altura da estrutura, para encorajar quem não se sente à vontade para ver a Rodovia do alto. Outra sugestão é a instalação de telas de proteção nos canteiros, abaixo da passarela.
- São soluções que poderiam descomplicar a travessia pela passarela. As pessoas costumam ter preconceito e medo do que desconhecem - diz Carlos Alberto.
