09/05/2013 às 13h38min - Atualizada em 09/05/2013 às 13h38min

Professor é acusado de oferecer dinheiro a aluno agredido no Ciep de Inoã

Mãe de estudante que teria sido agredido em sala de aula disse que amigo do docente ofereceu R$ 15 mil para família não formalizar denúncia. Menor passará por exame.

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Estudante de Maricá filmado levando soco alega que professor o chamou de “gordinho”, mas não gostou quando foi chamado de “cabeçudo”. Adolescente disse ao delegado que professor teria oferecido R$ 15 mil à família para que o caso não fosse denunciado. Foto: Débora Nunes

Estudante de Maricá filmado levando soco alega que professor o chamou de “gordinho”, mas não gostou quando foi chamado de “cabeçudo”. Adolescente disse ao delegado que professor teria oferecido R$ 15 mil à família para que o caso não fosse denunciado. Foto: Débora Nunes

Estudante de Maricá filmado levando soco alega que professor o chamou de “gordinho”, mas não gostou quando foi chamado de “cabeçudo”. Adolescente disse ao delegado que professor teria oferecido R$ 15 mil à família para que o caso não fosse denunciado. Foto: Débora Nunes[/caption]

O professor de matemática acusado de agredir a socos um estudante de 14 anos na sala de aula do Ciep 391 - Robson Mendonça Lóu, em Inoã, Maricá, teria oferecido R$ 15 mil à família do menor para que não fosse denunciado. A informação foi passada à  polícia durante depoimento do garoto, acompanhado da mãe. A agressão teria acontecido no dia 10 do mês passado e foi filmada por outro estudante. As imagens foram parar na internet.

“Um homem procurou minha mãe dizendo que o professor estava disposto a vender o carro dele para dar até R$ 15 mil pelo nosso silêncio. Ela negou na hora”, contou o aluno. Ele disse que a agressão teria começado como uma brincadeira. O professor o teria chamado de “gordinho” e ele respondeu à provocação chamando o professor de “cabeçudo”, que não teria gostado.

Nesta quinta-feira o estudante fará exame de corpo de delito no Posto Regional de Polícia Técnico-Científica de São Gonçalo, em Tribobó. Ele diz que teme sofrer represália e quer trocar de escola.

Segundo o delegado Henrique Pessoa, da 82ª DP (Maricá), o professor foi intimado a depor e deve ser ouvido hoje. O delegado, que disse estar conduzindo o caso como lesão corporal, explica que o fato do professor ter oferecido ou não  dinheiro, não muda a situação dele. “O professor pode relatar que queria apenas reparar um dano causado ao menor”, disse Pessoa.

O menor contou ainda em depoimento que o professor costumava brincar de bater nos alunos. “Só que desta vez foi para valer. Ele acertou socos nas minhas costelas, braços e barriga. Na ocasião, não quis relatar o fato à minha família porque achei que não ia dar em nada e iria só aborrecer a minha mãe. Afinal, a própria diretora disse que aquilo era uma brincadeira apenas”, disse o adolescente.

Agressão registrada em vídeo é dúvida- Em relação à agressão, o delegado diz ser difícil comprovar que de fato ouve agressão. “No vídeo, parece que o professor estava mais simulando uma agressão do que propriamente agredindo o aluno. E como o fato só foi relatado quase um mês depois, acho pouco provável que o exame constate algo. Lógico que, no mínimo, foi uma brincadeira de muito mau gosto”, avaliou o delegado. Pessoa informou que os pais, o menor e a diretora da escola já foram ouvidos.

“A diretora relatou que o professor já havia sido chamado a atenção por brincar demais e dar muita liberdade aos alunos”, diz. A tia do menor, Michele da Silva, de 31, estava indignada com a atitude professor. “Este professor deveria ser  professor de boxe e não de Matemática”, ironizou.

A Secretaria de Estado de Educação informou em nota que todas as ações cabíveis em relação à agressão foram tomadas. Relatou ainda que foi aberta uma sindicância para investigar o caso e que o professor será transferido do colégio.

O FLUMINENSE

Veja as imagens abaixo obtidas com exclusividade pela equipe do Lei Seca Maricá e tire suas conclusões:


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