12/03/2024 às 14h31min - Atualizada em 12/03/2024 às 14h30min

Delegado da Polícia Federal fala sobre operação que resultou na prisão de um bombeiro em Maricá

Redação - leisecamarica.com.br





O Delegado da Polícia Federal, Renato Cupolillo Gentile, responsável pela investigação, falou sobre a Operação Defaunação que prendeu um bombeiro na manhã desta terça-feira, 12, em Maricá. Ele era o principal alvo da ação. 



“O bombeiro militar era o chefe dessa quadrilha. Ele era responsável por manter contato com os caçadores ilegais, que através de armadilhas e práticas cruéis os animais eram capturados e eram repassados para ele. Ele que mantinha os animais em condições de maus-tratos. Ele conseguia esses “representantes legais”, e através desses representantes legais que divulgavam os animais principalmente nas redes sociais, eram realizadas essas vendas desses animais mediantes a documentação fraudulenta” disse o Delegado Renato Cupolillo Gentile.


A ação prendeu o militar acusado liderar uma organização criminosa especializada em captura ilegal, receptação e tráfico de animais silvestres no bairro de Araçatiba, em Maricá. Os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva, e prenderam o homem também em flagrante por posse ilegal de arma de uso restrito. 


Os bichos pegos na mata eram submetidos a maus-tratos e vendidos por até R$ 120 mil nas redes sociais. O grupo pode ter lucrado R$ 15 milhões em 1 ano com a prática.


De acordo com a PF, caçadores, receptadores, falsificadores e traficantes de animais contavam com a participação de servidores do Inea e de militares do Comando de Policiamento Ambiental, além de uma universitária e dois médicos veterinários.


A PF descobriu que pelo menos 120 macacos-prego foram traficados, incluindo macacos-prego-de-crista, ameaçados de extinção. Também eram oferecidos iguanas, cervos, araras, papagaios e outros pássaros.



A Polícia Federal também cumpriu um mandado de prisão no bairro de Itaipuaçu, e prendeu um casal com sete armas e munições. Em Niterói, no bairro de Itaipu, os policiais prenderam um dos alvos e encontraram cobras na residenciais. 


Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, crime ambiental, peculato, falsificação de documentos e selos públicos, falsificação de documento particular, uso de documento falso e falsidade ideológica. As penas podem alcançar 58 anos de reclusão.


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