A Defesa Civil de Maricá está em alerta máximo devido às queimadas que têm atingido diversas regiões da cidade e do país.
Embora as mudanças climáticas influenciem o aumento dos incêndios, a corporação destaca que 99,9% dos focos registrados são provocados diretamente pela ação humana.
Entre janeiro e 10 de setembro de 2024, Maricá contabilizou cerca de 900 focos de incêndio de menor proporção, todos controlados pela Defesa Civil e pelo Grupamento de Defesa Ambiental da Guarda Municipal.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Estado do Rio de Janeiro registrou 760 focos de incêndio em 2024, o maior número em uma década. Em Maricá, a situação é agravada pela ação humana, com o descarte irregular de lixo e queimadas ilegais em terrenos baldios, sendo os principais vilões.
O agente da Defesa Civil, Igor Leonardo, que lidera a equipe de combate a incêndios em vegetação rasteira desde 2018, enfatiza a necessidade de conscientização: “A maioria das queimadas poderia ser evitada. Pedimos que a população não queime lixo ou faça limpezas utilizando fogo em terrenos. O uso de balões também é um crime grave e potencial causador de incêndios”, alertou.
Além das ações educativas nas comunidades e campanhas de conscientização, o município tem investido em equipamentos e na contratação de especialistas, como geólogos e hidrólogos, para monitorar as queimadas, especialmente em períodos de estiagem prolongada. Segundo a Defesa Civil, a umidade relativa do ar abaixo de 30% também é um fator que facilita a propagação dos incêndios.
PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO
Para evitar as queimadas e seus impactos, a Defesa Civil recomenda:
- Evitar colocar fogo em terrenos baldios ou áreas de preservação
- Não descartar pontas de cigarro em áreas de vegetação
- Manter terrenos limpos e livres de materiais inflamáveis
- Não usar fogo para limpar áreas ou queimar lixo e galhos
- Não soltar balões, prática que além de perigosa, é crime
- Evitar fogueiras em áreas de acampamento próximas à vegetação
EFEITO DAS QUEIMADAS NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE
As queimadas não destroem apenas a vegetação nativa, mas também afetam a biodiversidade, o ciclo hidrológico e o ciclo do carbono. A fumaça e a fuligem resultantes desses incêndios causam sérios problemas respiratórios e agravam doenças como bronquite e asma. Outras complicações incluem dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e pele, e problemas gastrointestinais.
A Defesa Civil de Maricá segue vigilante, atuando na prevenção e no combate aos incêndios e pedindo à população para colaborar e denunciar práticas irregulares que possam causar queimadas.