Os brasileiros continuarão com a conta de energia elevada até o final de 2024, sendo uma previsão feira pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
O custo elevado acontece devido à aplicação das bandeiras amarela ou vermelha, que acrescentam custos extras às tarifas.
"Grande tendência de que a bandeira tarifária permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano", disse Feitosa.
Atualmente, a bandeira tarifária vigente é a "vermelha patamar 1", que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O consumo médio de energia em uma residência urbana no Brasil varia entre 150 kWh e 200 kWh, sem o uso de ar-condicionado.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para indicar os custos de geração de energia. Quando a produção de energia se torna mais cara, devido ao uso de usinas termelétricas, a cor da bandeira muda.
"A bandeira é acionada para cobrir os custos adicionais. Se a bandeira é vermelha, sinaliza a necessidade de arrecadar recursos para compensar esses custos", explicou Feitosa.
O diretor-geral da Aneel também alertou que o país enfrentará um "período mais estressante", mas o saldo da "conta bandeira" — que acumula os valores pagos nas faturas de energia — pode ajudar a mitigar o impacto para os consumidores.
As bandeiras tarifárias indicam as condições de geração de energia. Em situações favoráveis, não há custos adicionais.
No entanto, devido à falta de chuvas ou outros fatores que afetam o sistema, a Aneel pode aplicar cobranças extras.
Confira os valores:
- ? Bandeira verde (condições favoráveis) – sem custo extra;
- ? Bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) ou R$ 1,88 a cada 100 kWh;
- ? Bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh ou R$ 4,46 a cada 100 kWh (situação atual);
- ? Bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh ou R$ 7,87 a cada 100 kWh.