REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS- A União Brasileira de Mulheres Maricá - UBM Maricá organizou um seminário nesta quinta-feira, 09, sobre a violência contra a mulher, entre os temas contemplaremos foram comentados sobre Assédio Moral e Sexual. O seminário aconteceu no salão da sede do Rotary Club no Caxito. A chefe da Polícia Civil, Martha Rocha participou do seminário.
Também participaram do seminário, a presidente da UBM Maricá, Ana Paula de Carvalho, a Assessora da SPM Rio, Pedagoga Vanda Ferreira, a Deputada Estadual Enfermeira Rejane, o suplente de Deputado Estadual, Hélcio Ângelo e o Delegado Titular da 82ªDP Júlio César Mulatinho.
A Presidente da UBM Maricá comentou sobre a violência contra a mulher na cidade. “A violência contra a mulher está presente em nossa sociedade, e a nossa luta em Maricá é incessante. Recentemente, diagnosticamos que em uma semana ocorreram dez (10) casos de estupros na cidade, todos com entradas no hospital público, entretanto nem todos foram registrados na 82ª Delegacia de Polícia.” Disse.
Em entrevista do Lei Seca Maricá, Martha Rocha disse que a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou um processo de transformação não só no tratamento das mulheres policiais, como também daquelas que procuram delegacias para atendimento. "A mulheres mudaram o perfil da PC do Rio de Janeiro. Em 1983, com a entrada das primeiras escrivãs de polícia, a instituição iniciou um momento histórico acompanhando a redemocratização do País. Quando entrei na instituição, precisei lutar para que as mulheres tivessem instalações adequadas, como um banheiro próprio, por exemplo. Tudo era pensado para os homens. Me tornei feminista no exercício policial, a incorporação da luta pelos Direitos Humanos, em especial da mulheres, também se deve à inclusão das mulheres ao efetivo policial". Disse.
A delegada relembrou as situações vivenciadas quando assumiu, pela primeira vez, uma delegacia especializada. "O distrito policial era uma casa velha. Após a inauguração ficamos sem viatura. Uma semana depois, recebemos uma viatura ano 1979 - e estávamos em 1991". Mais de dez anos depois, a realidade é outra: "contamos com onze Delegacias para a Mulher, delegacias itinerantes articuladas com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), as políticas de segurança pública não podem ser transitórias porque a segurança é um dever de Estado".
De acordo com Martha Rocha, entre os desafios da Polícia Civil está o de aumentar o número de inquéritos relatados com êxito e também de prisões em casos que envolvam a Lei Maria da Penha.
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