27/01/2014 às 15h03min - Atualizada em 27/01/2014 às 15h03min

Sérgio Cabral (PMDB) e Washington Quaquá (PT) selam fim de aliança

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O governador Sérgio Cabral e o Washington Quaquá durante encontro nesta segunda-feira Foto: André Naddeo / Terra

O governador Sérgio Cabral e o Washington Quaquá durante encontro nesta segunda-feira Foto: André Naddeo / Terra

O governador Sérgio Cabral e o Washington Quaquá durante encontro nesta segunda-feira Foto: André Naddeo / Terra[/caption]

Após consolidar o fim de uma aliança política que já perdurava desde 2006, PT e PMDB fizeram um acordo de uma campanha pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014, “sem agressão gratuita”, conforme disse o presidente regional do partido dos trabalhadores e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, depois de sair de um encontro com o governador Sérgio Cabral, no Palácio Guanabara, na manhã desta segunda-feira.

"É claro que numa eleição sempre existe uma estocada ou outra, mas o tom da campanha não será de agressão entre os partidos da base do governo federal", explicou Quaquá, que terá uma reunião com o diretório do PT no Rio ainda nesta tarde. Neste encontro, será determinada a saída dos dois secretários do partido que ainda compõem o governo fluminense: Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos) e Carlos Minc (Meio-Ambiente).

O próprio Minc, de férias na Bahia, usou o Twitter para dizer que “não tenho apego a cargo. Muda o cargo, não muda a pessoa”.

De acordo com Quaquá, uma lista de 200 petistas que formam a base do governo já foram comunicados de seu afastamento pelo próprio Cabral, em e-mail enviado no último domingo. “Acredito que devam ser, no total, uns 350 ou até 400, já que tem gente antiga aí”, disse. "O PT está saindo do governo, então todos os petistas devem sair. Essa é uma determinação do partido”, completou ainda.

Desta forma, fica consolidada a candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao governo estadual, enquanto que o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, que deve assumir o Estado ainda no próximo mês, será o seu adversário, junto com o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB).

“Nacionalmente (a aliança) continuará, o governador tem relação direta com o presidente Lula, e vai fazer parte da estrutura de sustentação da candidatura da presidente Dilma no Rio de Janeiro. Isso é uma coisa. A outra é o PT. O que ela tem hoje no Rio de Janeiro são quatro candidaturas que apoiam a presidenta”, complementou Quaquá, ao afirmar também que o fato da presidente Dilma Rousseff discursar, por exemplo, no palanque de Pezão “não será problema. Nós teremos o nosso palanque, e a presidenta também com outros candidatos”.

O fim da aliança entre PT e PMDB no Rio de Janeiro era algo visível no cenário político, muito embora existissem especulações de que os peemedebistas fizessem pressão, da mesma forma que o fazem em âmbito nacional por mais ministérios, para que Lindbergh não concorresse com Pezão.

O PT não lança candidato ao governo fluminense desde que Vladimir Palmeira tentou o posto e foi derrotado ainda no primeiro turno, em 2006. Nesta ocasião, aliás, que nasceu a aliança entre o então presidente Lula e Sérgio Cabral, ou seja, do PT com o PMDB no Rio, que acabou sendo fundamental para a vitória diante da juíza Denise Frossard no segundo turno. “Vimos necessidade disso e tínhamos que lançar uma candidatura própria nesse momento”, concluiu Quaquá.

TERRA


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