07/09/2012 às 13h34min - Atualizada em 07/09/2012 às 13h34min

Energia elétrica vai ficar mais barata para residências e indústrias em 2013

A conta de luz vai ficar mais barata, a partir do ano que vem. O anúncio foi feito na quinta-feira (6) pela presidente Dilma Rousseff. Os varejistas ficaram de fora, e o preço cai para o consumidor residencial e para a indústria.

Ao anunciar a redução, a presidente Dilma Rousseff disse que as empresas vão ficar mais competitivas. E ela ainda aproveitou o pronunciamento para mais uma vez criticar os bancos. Comemorou a redução da taxa básica de juros, a Selic, mas disse que ainda não está satisfeita e cobrou: quer que as administradoras de cartão de crédito reduzam para, segundo ela, níveis civilizados das taxas cobradas dos consumidores. E avisou que não vai descansar enquanto isso não acontecer.

Quando a fatura de energia chega é sempre um susto. “Eu nem fico em casa. Eu chego em casa e , repente , está a conta R$ 80. Não fiz nada, fica difícil”, diz Tiago Rocha, gerente.
E uma redução no valor? “Está bom”, afirma um homem.

Segundo o governo, a conta de luz para o consumidor residencial vai ficar mais barata. Em média 16,2%, e para as indústrias a redução vai chegar a 28%. “Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços quanto para o consumidor brasileiro, como para os produtos de exportação. O que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país”, afirma Dilma.

A medida, de acordo com o governo, vai servir também para ajudar as indústrias em dificuldades, para evitar demissões. A redução na conta começa a valer em janeiro do ano que vem.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, o custo médio da tarifa de energia elétrica para o setor é de R$ 330 por megawatt/hora: o 4º mais alto do mundo. Atrás apenas do cobrado na Itália, na Turquia e na República Tcheca. E quase metade do valor da conta é de encargos e tributos.

Para a CNI a redução da tarifa diminuirá o custo dos produtos brasileiros. Já a Fiesp declarou que o preço justo da energia não é um presente do governo, mas um direito de todos os brasileiros. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro aprovou a medida, mas defende redução maior. “Essa redução de até 28% vai ser importante, vai ajudar bastante, mas para alcançarmos a zona de competitividade mundial precisaríamos ter um patamar de 35%”, Cristiano Prado, gerente da Firjan.
Para a Associação Brasileira dos grandes consumidores, redução histórica essa decisão, e sinaliza um novo ciclo de desenvolvimento do país.

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