25/06/2014 às 05h45min - Atualizada em 25/06/2014 às 05h45min

Eduardo Paes esnoba convite de Quaquá para coordenar campanha de Dilma no Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), esnobou o suposto convite feito por Washington Quaquá, Prefeito de Maricá e Presidente do PT-RJ, para coordenar a campanha à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. A proposta foi noticiada nesta quarta-feira (25) pelo Jornal Extra. No entanto, no mesmo dia, em entrevista à Rádio CBN, Paes atacou Quaquá, embora tenha admitido que vai lutar pela vitória da presidente Dilma nas urnas.

"Eu tenho convicção de que o senhor Quaquá e vários membros do partido (PT) estão preocupados com tudo nesta vida, menos com a vitória da presidenta Dilma. Eles colocaram o projeto individual, personalista deles aqui no Rio de Janeiro acima de qualquer interesse. Portanto, ele não tem legitimidade, tamanho, dimensão para fazer qualquer convite desse", minimizou Paes.

O presidente Regional do PT garantiu que a aliança entre o pré-candidato do partido ao governo do estado, Lindbergh Farias (PT), e Romário, canditado ao Senado pelo PSB, não atrapalha o palanque de Dilma Rousseff no estado do Rio.

"Não houve prejuízo algum. Mais do que uma questão eleitoral, é um projeto político. Essa coalizão com partidos conservadores não se sustenta mais só pela governabilidade. É preciso que haja um bloco de esquerda para consolidar projetos que melhorem a vida para a população, e é isso que estamos fazendo no Rio com PT, PC do B, PV e PSB", disse Quaquá, que preferiu não revidar o ataque de Paes, elogiando a lealdade do prefeito à presidente Dilma.

"O Cabral e o Pezão utilizaram a relação com o PT de uma forma funcional, para conseguir vantagens, e só fizeram agora o que já queriam fazer muito antes. A posição do PT do Rio é de manter boas relações com o Paes que, quando diz que vai apoiar a campanha de Dilma, o faz sinceramente", ressaltou.

A decisão de destacar Paes teria sido tomada após o peemedebista se negar a seguir companheiros de partido na aliança com o pré-candidato à  Presidência da República, Aécio Neves (PSDB). A união foi divulgada na segunda-feira (23) com o anúncio de que Cesar Maia (DEM) vai concorrer, pela coligação, à vaga ao Senado no lugar de Sérgio Cabral. Com isso, o PMDB conquistou o apoio dos democratas ao governador Luiz Fernando Pezão.

"A candidatura do ex-prefeito César Maia representa um pouco desta dissidência. Eu respeito a decisão partidária, mas certamente não serrarei fileiras com a candidatura do ex-prefeito César Maia”, disse Paes, ainda à CBN.

Um dia antes da aliança entre PMDB, PSDB e DEM ser revelada, Paes emitiu nota inconformado com a aproximação. Ele chegou a chamar a união de "bacanal eleitoral" e fez menção a outra união, anunciada um dia antes, entre PT e PSB — que lançou a candidatura de Lindbergh ao governo do estado e a de Romário para o Senado. Até membros do PSB, como Alfredo Sirkis, criticaram a aproximação. Em seu blog, Sirkis usou o termo "suruba". Em nota oficial, Paes repetiu o termo.

"O Partido dos Trabalhadores participou durante sete anos e tantos meses do governo Sérgio Cabral e pouquíssimo preocupado com a candidatura da presidenta Dilma, num projeto individual, numa agenda completamente distante de uma agenda nacional, resolveu aqui encerrar esta aliança", lamentou.

G1


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