02/11/2014 às 11h43min - Atualizada em 02/11/2014 às 11h43min

Associação de Moradores do Marquês se mobiliza contra a falta de água no bairro

LEI SECA MARICÁ- A Associação de Moradores do Marquês se mobiliza contra a falta de água no bairro, denunciando a CEDAE no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ)  e pede ajuda da Câmara Municipal de Vereadores e da Prefeitura de Maricá para solucionar o problema.

Segundo a associação de moradores, o último dia que a empresa pública CEDAE, responsável pelo abastecimento de água no município de Maricá, forneceu água pro bairro Marquês foi no dia 12/10/2014, isto é, 16 (dezesseis) dias atrás (em 28/10/2014, data da carta e data que foi dada entrada no MP, sondo que até a presente data ainda não houve abastecimento de água);

O bairro Marquês possui um poço feito pela empresa loteadora Melgio para abastecimento do loteamento, cuja gestão é da CEDAE e que, segundo os próprios funcionários, fornecia 20.000 litros por hora, porém, em virtude da falta de chuva, no momento está fornecendo somente 2.800 litros por hora, isto é, 67.200 litros por dia, que gera desconfiança dos moradores pra onde foram os 1.075.200 litros fornecidos pelo poço nesses 16 (dezesseis) dias;

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Casa da Bomba

Casa da Bomba

Casa da Bomba[/caption]

De acordo com a associação dos moradores, o funcionário da CEDAE, Sr. ADEMIR, responsável pela “manobra” da água no bairro do Marquês, informou que foi feita a instalação de um registro próximo bomba que joga água para o reservatório do Marquês, também construído pela empresa loteadora Melgio para abastecimento do loteamento, porém, segundo a CEDAE, moradores estariam mexendo neste registro, comprometendo o abastecimento no bairro;

Os moradores por sua vez afirmam que a CEDAE instalou este registro para encaminhar a água do poço do bairro Marquês para outras localidades, entre elas o condomínio de classe média-alta Helena Varella próximo ao bairro, que levou ao surgimento de comentário sobre uma possível prática de suborno;

Ainda segundo a associação de moradores, a situação está ficando crítica, lembrando a lei de talião, “de olho por olho, dente por dente”, pois já quebraram a tampa do reservatório que já não se encontrava em condições exemplares de limpeza, para a instalação de mangueiras para um “auto-abastecimento”, provavelmente por moradores das casas mais próximas, fato esse que pode piorar as condições de limpeza do reservatório de água, comprometendo a saúde pública;

A situação pode piorar, pois não há segurança no poço e nem no reservatório como pode ser comprovado pelos fatos relatados nos itens anteriores, podendo acontecer novamente o que aconteceu uns anos atrás, que jogaram óleo ou produto similar no poço, provavelmente moradores revoltados com uma situação similar com a que está acontecendo hoje;

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Tampa do reservatório quebrada.

Tampa do reservatório quebrada.

Tampa do reservatório quebrada.[/caption]

O chefe da unidade da CEDAE no município de Maricá, Sr. WALTER, indagado sobre os problemas de abastecimento no bairro do Marquês, se reservou ao direito de somente falar que o problema de abastecimento de água no bairro Marquês é culpa dos próprios moradores que mexem no registro, recém-colocado próximo ao local onde fica a bomba que joga água pro reservatório, que ocasionou superaquecimento da bomba e quase sua quebra, obrigando o desligamento da bomba, sem previsão de religação, pois dependeria que fosse feita mudança do registro para dentro do local onde fica a bomba e que não teria como dar um prazo para mudança do registro de local e enquanto isso a bomba teria que ficar desligada e o bairro do Marquês sem água;

Foi sugerido pela associação de moradores, a possibilidade de retirada do registro desse registro recém instalado pela CEDAE e pelo que tudo demonstra, estaria ocasionando os problemas de abastecimento de água no bairro do Marquês no momento, voltando o abastecimento a ser feito como era antes da instalação deste, mas a sugestão foi imediatamente descartada pelo Sr. WALTER, chefe da unidade da CEDAE de Maricá, como sempre, sem nenhuma explicação plausível;

A associação de moradores conta que a falta de investimentos por parte da CEDAE e a incompetência ou má vontade de seus funcionários em resolver os problemas de abastecimento no município está acarretando um aumento exorbitante da procura por cisternas, pipas d’água e poços artesianos e consequentemente dos preços, com base na lei da oferta e da procura, e com isso quem está sendo prejudicada é a população e principalmente o lençol freático que pode piorar a situação de abastecimento de água no município, pois esses poços artesianos estão sendo perfurados sem observar nenhum critério técnico, mediante o desespero que está tomando conta da população;

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Parte do reservatório.

Parte do reservatório.

Parte do reservatório.[/caption]

Para finalizar, a associação de moradores diz que o caso em questão fere o princípio da dignidade humana, pois impossibilita atos básicos de higiene, como descarga do vaso sanitário e compromete outros, como lavar as mãos, louças e roupas, uma vez que há água no poço e no reservatório, mas a CEDAE não efetua o abastecimento das casas do bairro, assim como, não soluciona e não dá prazo para solução de um problema ocasionado pela própria empresa, teoricamente em virtude da introdução de um novo registro efetuada por seus funcionários, sem manter a segurança necessária, dada a relevância da questão e para piorar ainda mais o caso, culpam os moradores que não tem nada haver com a falta de investimento da empresa e com a incompetência de seus funcionários.

Solicitação ao Ministério Público

A associação de moradores pede que o Ministério Público faça o pedido para que a CEDAE providencie a imediata regularização do abastecimento de água no bairro do Marquês, uma vez que há água, sendo certo que não há água em abundância, mas também que é inadmissível a quantidade de água não utilizada ou encaminhada para outras áreas, ficando o bairro do Marquês onde fica situado o poço sem o abastecimento de sua água;

A associação dos moradores pede também que a CEDAE providencie condições mínimas de segurança no poço, na bomba e no reservatório de água do bairro Marquês, de modo que inviabilize a prática de atos ilícitos e consequentemente possíveis problemas de saúde pública;

Segundo a associação dos moradores, a CEDAE deve providenciar a devida manutenção do reservatório de água do bairro do Marquês, sendo imprescindível que se faça de forma imediata o conserto da tampa e a necessária limpeza do reservatório em virtude dos fatos relatados;

Finalizando, a associação dos moradores,  pede que a CEDAE esclareça e, principalmente, sejam investigados os reais motivos da instalação do registro que está ocasionando os problemas de abastecimento de água no bairro do Marquês, tendo em vista, que não ocasionou nenhuma melhora no abastecimento de água no bairro onde fica situado o poço, ficando o bairro sem o abastecimento de sua água e ocasionando rumores de possíveis atos de subornos para benefício de outras áreas.


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