25/11/2014 às 14h16min - Atualizada em 25/11/2014 às 14h16min

Tubulação do Comperj chega no último trecho em direção ao mar de Itaipuaçu

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Foto :: Sandro | Whatsapp

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As obras do último trecho do emissário de efluentes do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) começam a afetar a rotina de moradores de Inoã e Itaipuaçu. A empresa OAS, prestadora de serviço da Petrobras interditou a Avenida B, em Inoã iniciou os trabalhos para tubulação de aço carbono passe por baixo da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto).

O emissário, com 40 km de extensão na parte terrestre, começou a ser construído em Itaboraí em maio passado. Escavadeiras abrem valas com 1,20 m de profundidade (nos trechos urbanos) para enterrar as peças içadas pelo "side boom" um equipamento especial para suportar o peso dos tubos. No total serão utilizadas em torno de 11 mil toneladas de tubulação com diâmetro de 32 e 26 polegadas. A parte submarina terá 4 km, a partir da praia de Itaipuaçu.

A construção do efluente foi suspensa no fim de agosto pela prefeitura, que alegou que a Petrobras alterou o projeto sem o aval do órgão e não fez o pagamento da verba compensatória.

Em setembro a situação foi regularizada e a obra reiniciou. Os tubos já atravessaram a área rural de Maricá, Bosque Fundo e agora chegaram na área urbana de Itaipuaçu.

Antes de serem lançados no mar os efluentes serão tratados em uma estação dentro do próprio complexo. Desta forma, segundo técnicos das Petrobrás, os resíduos produzidos no Comperj serão diluídos e dispersos na água sem causar danos ambientais.

Criatório de peixes

Segundo Cássio Garcez, mestre em Ciência Ambiental, "O ponto de dispersão dos efluentes foi estranhamente projetado para desembocar entre a Praia de Itaipuaçu e as Ilhas Maricás (a 2 km da primeira e a 4 km da segunda), o que atingiria em cheio tanto este importante criatório de peixes e de outros organismos marinhos, quanto a própria colônia de pescadores artesanais localizada praticamente no mesmo local onde o duto mergulhará no mar. Isso sem falar na própria praia, a mais democrática área de lazer de maricaenses, niteroienses e cariocas, e também da emergente atividade econômica do turismo na área".

Já o movimento preserveassim.org, que defende a preservação do mar em Maricá, Rio e Niterói, afirma que o despejo dos efluentes químicos poderá afetar também as praias de Niterói. [caption id="attachment_50512" align="aligncenter" width="551"]
Foto :: Ilustrativa[/caption]
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