19/07/2012 às 21h55min - Atualizada em 19/07/2012 às 21h55min

Viúva de traficante ‘Pedro Dom’ foragida da justiça é presa em Maricá

Matéria exclusiva e investigativa da equipe do Lei Seca Maricá

Ângela Fânzeres Cerqueira, 42 anos, foi presa em Guaratiba
(Foto :: Mauro Luis | Lei Seca Maricá)
EXCLUSIVO LSMPoliciais do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP) prenderam na manhã desta quinta-feira (19), a viúva do traficante Pedro Machado Lomba Neto, vulgo ‘Pedro Dom’ que estava foragida da justiça em uma residência do bairro de Guaratiba, em Maricá.

De acordo com informações, Ângela Fânzeres Cerqueira, 42 anos
, a viúva do traficante estava foragida da justiça e contra ela havia nove mandados de prisão expedidos por furto (artigo 155 do código penal) e roubo (artigo 157 do código penal). Através de investigações, Ângela foi encontrada pelos policiais do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP) escondida em sua suposta residência na Rua 51 no bairro de Guaratiba e não resistiu à prisão.

Policiais Militares de Maricá do Destacamento de Policiamento Ostensivo da Barra de Maricá informados por populares foram até o local, onde a filha de Ângela e a neta foram encontradas pelos PMS para a delegacia da cidade e posteriormente encaminhadas para o Conselho Tutelar Municipal.

Ângela quando foi presa em 2006
Interna do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, Ângela confessou ter praticado furto milionário em Campo Grande. Para não ser presa no Rio de Janeiro, em outubro de 2005, ela veio à Capital, onde subtraiu R$ 1 milhão em jóias de um apartamento de luxo, no Bairro Santa Fé. Ângela é viúva Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom, um dos maiores assaltantes do Rio de Janeiro, cujo grupo tinha até camisetas com a inscrição “Bonde do 157” (uma alusão ao artigo de roubo do Código Penal).

Impressões digitais deixadas no apartamento da vítima, uma idosa de 69 anos, identificaram a suspeita. Em agosto deste ano, policiais do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Seqüestros) foram ao presídio para indiciar Ângela, que está presa por roubo e furto. Ela confessou o furto e alegou que as 41 peças de jóias levadas foram entregues a um comparsa em troca de R$ 1,5 mil, valor pelo qual teria sido contratada para a ação. Na ocasião, foram subtraídas jóias em ouro, pérola, brilhantes, safira e esmeralda, entre outros materiais preciosos.

Os policiais apuraram que após a morte de Pedro Dom, ela veio a Campo Grande para escapar da prisão. Ela afirma ter ficado na cidade por apenas duas semanas, tempo suficiente para fazer levantamentos referentes ao apartamento invadido. Em depoimento, Ângela revelou que sua função no furto era de conquistar a confiança de funcionários do prédio e descobrir quando moradores estariam em viagem.

A moradora viajava quando o apartamento foi invadido. A casa ficou toda revirada depois da ação e uma empregada encontrou a porta dos fundos destrancada. A Polícia Civil indiciou Ângela em agosto e o MPE (Ministério Público Estadual) aceitou denúncia.

Histórico de 'Pedro Dom'
Pedro Machado Lomba Neto, vulgo ‘Pedro Dom’ era conhecido como assaltante de residências e foi morto em ação da polícia, no dia 15 de setembro de 2005, na zona sul do Rio. Ângela também era considerada foragida pela Justiça do Espírito Santo.

Pedro Dom era apontado como um dos maiores assaltantes de residências do Rio. Jovem de classe média e filho de policial civil, o bandido especializou-se em roubar residências de luxo, na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Leblon, Ipanema e na Ilha do Governador.

Sua ficha criminal incluía fraude processual, roubo de veículos, corrupção de menores, formação de quadrilha. Em suas investidas, costumava usar granadas para ameaçar moradores e ficou conhecido também como homem-bomba. O bandido e seus comparsas atuavam usando roupas de grife, de ternos e sapatos de marca, tudo provenientes dos roubos que praticavam.

Pedro Dom, segundo a polícia, costumava se esconder no Morro do Vidigal e nos seus últimos meses de vida procurou se refugiar na favela da Rocinha, sob a proteção do traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-te-vi, chefe do tráfico de drogas na favela. O bandido chegou a ser citado também como integrante de quadrilhas que roubos caixas eletrônicos, mas a polícia não confirma sua participação.


Enquanto se escondia na Rocinha, o bandido costumava deixar a favela usando um Mercedes-Benz. O veículo era estacionado perto do edifício escolhido para o roubo e entrava em outro carro. Junto ao prédio, rende um morador. Nos últimos dias de vida, o bandido se refugiava entre a Rocinha e a Vila dos Pinheiros.

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