29/05/2015 às 09h43min - Atualizada em 29/05/2015 às 09h43min

Após protesto no Ciep de Maricá, professora denuncia crise na Rede Estadual de Educação

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Após protesto no Ciep de Maricá, professora denúncia crise na Rede Estadual de Educação.

Após protesto no Ciep de Maricá, professora denúncia crise na Rede Estadual de Educação.

Após protesto no Ciep de Maricá, professora denuncia crise na Rede Estadual de Educação.[/caption]

LEI SECA MARICÁ- A Professora de História Jacqueline Pinto Fernandes, de 31 anos, que leciona aulas no CIEP 259 (Professora Maria do Amparo Rangel e Souza) resolveu se manifestar após o protesto realizado pelos alunos nesta quinta-feira, 28 (Alunos de escola Estadual de Maricá protestam contra o calor em salas de aula).

De acordo com a Professora, o problema não vêm acontecendo só em Maricá, mas sim em toda a rede estadual.

Ela contou que a situação das escolas da rede estadual do Rio de Janeiro é grave. Jacqueline disse que desde outubro de 2014 as escolas não recebem verba de manutenção (verba utilizada para a compra de material como papel, pilot, tinta de impressora, papel higiênico, material de limpeza e todos os demais itens necessários para manter a escola funcionando).

"- Muitas escolas estão funcionando na base do fiado com os fornecedores. Houve dificuldade para imprimir as provas do primeiro bimestre e já tem escolas pedindo doação de folhas para alunos e professores." Disse. 

Jaqueline afirmou que as escolas receberam ordens para reduzir gastos, inclusive com o desligamento dos aparelhos de ar-condicionado.

"- Agora, a educação do Rio de Janeiro sofreu mais um ataque, a escolas receberam ordem da SEEDUC para reduzir em 20% as contas de luz e água. A solução que muitas escolas encontraram, entre elas o ciep 259, foi desligar os aparelhos de ar condicionado. Em salas sem ventilador e com turmas superlotadas que ultrapassam 50 alunos, tal medida torna as salas de aula insalubres, prejudicando a aprendizagem." Afirmou.

Jaqueline denúncia que a crise foi desencadeada por ações do Governo Federal.

"- Todas essas medidas são reflexo da política de ajuste de Dilma e Levy, que cortaram 30%, cerca de 7 bilhões, da verba destinada a educação mas que manteve 48% do orçamento para o pagamento de juros da dívida com banqueiros, deixando claro as prioridades da Pátria Educadora. Esse corte tem se refletido de forma trágica nos estados e municípios, que já repassam os cortes, precarizando ainda mais a educação pública. Não é à toa que educadores de diversas redes do país (SP, PR, PA, SC, Macapá, Campos, dentre outras) se encontram em greve, protagonizando as lutas da classe trabalhadora contra os ajustes de Dilma e Levi, que jogam para os trabalhadores a conta da crise." Finalizou.


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