15/06/2015 às 22h26min - Atualizada em 15/06/2015 às 22h26min

Médica integrante do 'bando da degola', em Minas Gerais, trabalhava no Hospital de Maricá

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Para despistar a identidade, ela estava utilizando cabelo curto e usava óculos, diferente das fotos divulgadas na internet. (Foto :: Reprodução - Internet)

Para despistar a identidade, ela estava utilizando cabelo curto e usava óculos, diferente das fotos divulgadas na internet. (Foto :: Reprodução - Internet)

Para despistar a identidade, ela estava utilizando cabelo curto e usava óculos, diferente das fotos divulgadas na internet. (Foto :: Reprodução - Internet)[/caption]

LEI SECA MARICÁ :: ROMÁRIO BARROS- A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, 31 anos, condenada a 46 anos e seis meses de prisão pelo 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte (MG) pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e destruição e ocultação de cadáver estava trabalhando no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá, até esta segunda-feira, pois foi descoberta e demitida.

De acordo com informações, a médica recorre da decisão da Justiça em liberdade e foi contratada há dois meses e meio para trabalhar no Hospital de Maricá.

Em Maricá, ela era a chefe da Unidade para Pacientes Graves (UPG). Informações extraoficiais dão conta que Gabriela teria omitido o seu passado para conseguir um emprego na Unidade Hospitalar.

Para despistar a identidade, ela estava utilizando cabelo curto e usava óculos, diferente das fotos divulgadas na internet. 

Condenada a 46 anos e seis meses de prisão

A médica foi considerada pelo 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte culpada pelas mortes de Fabiano Ferreira Moura e Rayder Santos Rodrigues, que foram extorquidos, sequestrados, torturados e assassinados em um apartamento no bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em abril de 2010. 

O grupo de acusados ficou conhecido como bando da degola por ter decapitado as vítimas para dificultar a identificação dos corpos. A médica foi a sexta integrante do grupo a ser julgada.

De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, três testemunhas foram ouvidas, entre elas um ex-sócio do suspeito de ser o líder do bando. Ele informou durante o julgamento que sofreu várias agressões, algumas graves, por parte dos integrantes do grupo. Uma testemunha de acusação foi dispensada pelo promotor.

O TJMG informou que, ao ser interrogada, Gabriela, que mora e trabalha na cidade de  Niterói (RJ), disse que sua participação no crime foi realizar saques nas contas das vítimas, e que foi obrigada a fazê-lo.

Segundo a ré, o chefe do grupo começou a ameaçar e ferir seus parentes, um mês antes do crime, para forçá-la a participar da ação. Ela ainda ressaltou em seu depoimento que sabia do sequestro, mas não admite que participou de nenhum dos crimes de que é acusada.

O debate entre acusação e defesa começou por volta das 14h. Durante sua fala, o promotor afirmou que a médica mente para não sofrer sanções e sustentou que ela tinha conhecimento de todo o esquema. Segundo o TJMG, ele ainda ressaltou que a motivação de Gabriela teria sido o “dinheiro sujo do crime”.

Em seguida, foi a vez de a defesa da médica apresentar seus argumentos. De acordo com a Justiça, o advogado baseou sua argumentação na “mente doente do mandante”. Conforme o TJMG, o defensor ainda afirmou que só há provas de que a médica movimentou as contas das vítimas, mas não de sua participação nos outros crimes.

Gabriela vai poder recorrer da decisão da Justiça em liberdade. Dois acusados de participação nos crimes ainda aguardam julgamento e outros cinco já foram condenados.


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