15/08/2015 às 15h51min - Atualizada em 15/08/2015 às 15h51min

Tempo seco já queimou 45 campos de futebol na Serra da Tiririca

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Tempo seco já queimou 45 campos de futebol na Serra da Tiririca. (Foto :: Arquivo - LSM)

Tempo seco já queimou 45 campos de futebol na Serra da Tiririca. (Foto :: Arquivo - LSM)

Tempo seco já queimou 45 campos de futebol na Serra da Tiririca. (Foto :: Arquivo - LSM)[/caption]

A Baixa umidade do ar somada as altas temperaturas - que estão sendo registradas neste inverno – estão se tornando combustíveis para as incêndios em vegetações. Um exemplo são os constantes focos de chamas que estão aparecendo há pelo vinte dias na Serra da Tiriríca, na divisa de Niterói com Maricá, causado pela queda de um balão. Com a falta de chuva, ventos fortes, temperaturas altas e a baixa umidade do ar, pelo menos 45 campos de futebol já foram perdidos na reserva ambiental, desde o início do ano.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 128 incêndios em vegetações, entre fevereiro e julho, na área do 3º GBM junto com os destacamentos subordinados (Charitas, Itaipu e Maricá). Desde fevereiro o número de ocorrências vêm aumentando. No segundo mês de 2015 foram 24 registros. Esse número chegou a apenas nove em maio, porém em junho mais que triplicou, chegando a 31 casos de incêndios em vegetação. Em julho houve outro aumento, 41 chamados aos bombeiros para controlar chamas em vegetação.

Os bombeiros explicam que os focos de incêndio em vegetação aparecem quando há três fatores; altas temperaturas, baixa precipitação e baixa umidade do ar. A corporação explica que embora muitas vezes não seja possível evitar este tipo de ocorrência, recomenda-se: não acender fogueiras; não queimar lixo no quintal; não jogar pontas de cigarro em qualquer ambiente, principalmente, nas estradas próximas à vegetação; não jogar garrafas de vidro em áreas florestais e em beira de estrada (elas funcionam como lente de aumento para os raios solares, gerando calor) e principalmente não soltar balões.

SERRA DA TIRIRICA

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) expõe que na Serra da Tiririca aconteceram 13 ocorrências, com um total de 46 hectares atingidos desde o início do ano. As principais áreas atingidas são as de costões rochosos, nos quais o combate é mais difícil devido às dificuldades de acesso. Uma das ocorrências mais graves, no final de julho, foi provavelmente provocada por um balão, cuja cangalha foi localizada pelos guarda-parques.

“Os longos períodos de estiagem deste ano, que registrou uma redução no regime de chuva, e que ocorreram inclusive em meio ao calor do verão, tornam o trabalho de prevenção permanente, e não mais concentrados no período tradicional, de maio a outubro”, esclareceu o Inea.

Nestas condições, aumenta muito o risco de incêndios provocados pela queda de balões. De acordo com a legislação ambiental, provocar incêndio em florestas ou matas é um crime ambiental que pode acarretar penas de prisão de dois a quatro anos. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas as penas, conforme o caso.

A secretaria do Ambiente disponibiliza o número 2253-1177 para quem quiser denunciar a fabricação ou soltura de balões. Nos meses típicos de soltura de balão que vai de maio a outubro, o Disque Denúncia oferece a recompensa de até R$ 2 mil para informações que levem à prisão de baloeiros ou quantidades de balão.

BAIXA UMIDADE DO AR

Sem previsão de chuva e com o tempo muito seco está difícil respirar. O clima não está nada agradável, não é!? Algumas pessoas nesse período do ano sofrem muito com o clima seco. A baixa umidade e a falta de chuva, que tem afetado o sudeste nos últimos dias, é um contribuidor para o desenvolvimento de crises respiratórias que consequentemente geram desconforto na hora de dormir.

O ar seco desencadeia o aparecimento de doenças respiratórias como sinusite, rinite, asma, gripes e resfriados.

“Nosso nariz cumpre o papel de umidificar e aquecer o ar que respiramos. Porém quando o tempo está desse jeito, ele não consegue executar esta função adequadamente e o oxigênio entra pelo nariz de forma mais seca, causando irritação nas mucosas das vias aéreas. Elas ficam ressecadas, facilitando a contaminação por bactérias e vírus, resultando em infecções,” explica a Otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Dra. Luciane Mello.

Para aliviar os efeitos do mal tempo e dormir com mais tranquilidade vale apostar em alguns simples hábitos.

“Beba muita água para garantir a hidratação das mucosas, faça inalações com soro fisiológico, coloque e uma bacia com água no ambiente. Caso essas dicas não sejam suficientes e os sintomas piorem, procure ajuda de um especialista,” finaliza Luciane.

A Tribuna


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