12/09/2015 às 18h43min - Atualizada em 12/09/2015 às 18h43min

Saúde com a Professora Iara Cruz: A influência do exercício na Diabetes Mellitus

Olá Amigos!!

Assim como a hipertensão arterial, que foi tema do último artigo, a Diabetes Mellitus também tem sido apontada como uma epidemia mundial na qual o Brasil é o quinto país no mundo a ter mais incidências desta doença. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 5,1% da população mundial entre 20 e 79 anos tem diabetes (90% dos casos são do tipo 2 e 10% do tipo 1) e que o número atual de 194 milhões de casos, duplicará até 20251.

A Diabetes mellitus é uma condição crônica que surge quando o órgão pâncreas é ou está incapaz de produzir insulina suficiente. A Diabetes tipo 1, geralmente está associado a pessoas que nasceram com a doença herdada pelos pais e/ ou avós, que se manifestam ainda quando criança e não tem cura_ é considerada uma doença autoimune. Já a Diabetes tipo 2, está intimamente associada a obesidade, e acontece quando o organismo não consegue fazer uso adequado da insulina produzida, sendo mais comum na idade adulta e tem cura.

De forma resumida, a insulina é um hormônio produzido no pâncreas que tem a função de captar a glicose (açúcar) e levar para dentro da célula para gerar energia para o organismo viver e se locomover. Não tendo ou estando pouca a quantidade de insulina, os níveis de glicose aumentados continuam circulando no sangue e gerando complicações vasculares no coração, nos olhos (retinopatia), nos rins (nefropatia) e nos nervos (neuropatia). Os sintomas do aparecimento da diabetes são: sede excessiva, aumento do volume urinário e do número de micções, hábito de urinar durante a  noite, fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada, aumento de apetite e  perda de peso. E se a glicose permanecer aumentada durante anos, as complicações envolvem alterações visuais (cegueira), circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas, ortopédicas e problemas cardíacos2.

Para as pessoas que não tem diabetes, o valor da glicose sanguínea circulante em jejum deve estar menor do que 100 mg/dl e valores a partir de 126 mg/dl já aponta o estado de diabetes instalado, qualquer outro valor entre estes, já ressalta a importância de exames mais apurados como: o da Hemoglobina glicada ou glicosada, Glicemia em jejum, Curva glicêmica e Exame das taxas de insulina para descobrir a presença ou não da diabetes. É importante ressaltar que a glicose e a insulina funcionam no sistema chave - fechadura, que necessitam um do outro, em função e quantidade, para um perfeito funcionamento.

O exercício/ atividade física é reconhecida como parte muito importante no tratamento da diabetes 1 e 2, pois para o início e para a manutenção da prática, o organismo utiliza a glicose como fonte primária de energia, impedindo que a glicose continue elevada na corrente sanguínea e estimulando a produção de insulina e facilitando o seu transporte para as células. Com o tempo e a prática constante de exercício, os níveis de glicose diminuem e a afinidade com a insulina aumenta, podendo até, diminuir a necessidade dos remédios de insulina e/ou curar a diabetes. No entanto, para uma prática segura e eficaz, é necessário o acompanhamento do médico e de um profissional de educação física.

Como foi visto, a diabetes tipo 2 é mais uma doença associada a obesidade e ao sedentarismo e a forma mais simples de evitar e combater, é adotar uma alimentação balanceada e prática de exercício físico. Portanto, mexa-se... E pratique saúde sempre!!!

  1. http://drauziovarella.com.br/diabetes/a-epidemia-de-diabetes/

  2. http://www.uaderj.org.br/wpress/estudo-brasil-e-o-5o-pais-em-incidencia-de-diabetes/ 

Profª Iara Cruz. Profissional de Educação Física - CREF 5967G/ RJ Doutoranda em Biociências Pesquisadora do Laboratório de Ciências da Motricidade Humana (LABIMH) [email protected]


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