A greve dos funcionários dos Correiros, que no último fim de semana completou um mês, vem causando problemas em um dos ramos de maior crescimento no setor de vendas do País nos últimos anos: o e-commerce (comércio eletrônico). A situação de paralisação vem forçando empresas a buscar alternativas para não depender de um serviço cuja credibilidade com clientes e empresários está em baixa há bastante tempo.
O caso do vendedor Luan Guiné, de 19 anos, é mais um entre outros prejudicados pela paralisação na distribuição. O jovem comprou um equipamento para um aquário através do serviço especial de entrega rápida, porém a mercadoria chegou 17 dias depois. “Eu costumo vir até o centro de distribuição porque moro perto, mas não é só pela greve não, os Correios sempre tiveram problemas”, lamentou.
Já a Saraiva, um dos portais de comércio online de livros e outros itens mais tradicionais do País, vem apostando em parcerias com transportadoras para atender a demanda dos clientes. A empresa possui centros de distribuição próprios em Cajamar (SP) e Salvador (BA).
Em nota, o Procon-RJ afirmou que “a empresa pode ser responsabilizada por eventuais atrasos na entrega causados pela greve nos Correios, uma vez que é a empresa quem contrata os Correios para fazer a entrega, não o consumidor”. Ainda segundo a autarquia, o consumidor pode fazer reclamações em um dos postos de atendimento do Procon Estadual, pelo site www.procononline.rj.gov.br ou pelo aplicativo Meu Procon-RJ.
O Sintect-RJ informou que hoje será realizada uma assembleia, às 18 horas, para avaliar a proposta de mediação oferecida pelo Tribunal Superior do Trabalho. Em caso de rejeição a greve deve prosseguir.
A TRIBUNA