30/01/2016 às 13h50min - Atualizada em 30/01/2016 às 13h50min

Médica que denunciou Hospital de Maricá em matéria da Record Rio é demitida

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Médica que denunciou Hospital de Maricá em matéria da Record Rio é demitida. (Foto :: Divulgação)

Médica que denunciou Hospital de Maricá em matéria da Record Rio é demitida. (Foto :: Divulgação)

Médica que denunciou Hospital de Maricá em matéria da Record Rio é demitida. (Foto :: Divulgação)[/caption]

LEI SECA MARICÁ- A médica cirurgiã geral e plástica, Aline Boechat, que denunciou o Hospital Municipal Conde Modesto Leal por conta da falta de medicamentos e dos salários atrasados, em reportagem divulgada no programa Balanço Geral da Tv Record Rio, foi demitida. 

Na reportagem, Aline denunciou a precariedade no único hospital da cidade. "- Nós médicos, não somos os vilões da situação. Nós somos limitados. Somos limitados por falta de recursos, limitados por falta de insumos. A nossa dignidade já não existe mais", disse em entrevista a repórter Munik Morete da Rede Record afirmando ainda que o centro cirúrgico está em péssimas condições de uso.

Após a divulgação da reportagem da Tv Record, Aline informou que foi demitida e disse estar bastante chateada.

"- Tentaram me calar por alertar a população das barbáries que estão acontecendo. Privaram o povo de ser atendido por uma profissional que realmente se preocupava em resolver o drama da população! Demitiram a Cirurgiã que mais se doa quando tem festas na cidade! E como vai ficar o povo com a festa hoje que tem show grande", disse Aline.

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Será criada a empresa Pública de Saúde, autarquia criada nos mesmos moldes da Empresa Pública de Transportes.

Será criada a empresa Pública de Saúde, autarquia criada nos mesmos moldes da Empresa Pública de Transportes.

Será criada a empresa Pública de Saúde, autarquia criada nos mesmos moldes da Empresa Pública de Transportes.[/caption]

A Prefeitura de Maricá divulgou na noite desta sexta-feira que vai rescindir o contrato com as Organizações Sociais que administram o Hospital Municipal Conde Modesto Leal e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã.

A medida foi adotada por conta do atraso de pagamentos dos funcionários dessas empresas - apesar dos repasses contratuais feitos pelo município - e pela má prestação de serviços. O município não fará o repasse de janeiro e será feita uma tomada de contas com relação aos contratos dessas OS devido à prestação obrigatória de contas.

A Prefeitura também disponibilizará equipes, a partir da próxima semana, para serviços de manutenção na UPA e hospital que não eram feitos pelas OS. A Prefeitura informou que não medirá esforços para garantir o pleno atendimento à população tanto no hospital quanto na UPA.

Com relação aos vencimentos de dezembro e janeiro, a Procuradoria Geral vai analisar uma forma jurídica para quitar os meses diretamente junto aos profissionais e a previsão é regularizar até a próxima semana. A Prefeitura acrescenta que será votado na Câmara Municipal projeto de lei prevendo a contratação temporária de profissionais com nível superior já na próxima terça-feira (02/02). Serão contratos de um ano, prorrogáveis por igual período, até que a Empresa Pública de Saúde, autarquia criada nos mesmos moldes da Empresa Pública de Transportes, esteja estruturada para gerir as unidades municipais.

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