14/05/2016 às 11h47min - Atualizada em 14/05/2016 às 11h47min

Rota do tráfico de drogas preocupa moradores de Niterói e Maricá

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Os Caminhos de Darwin estão entre as principais atrações de Niterói e Maricá. Mas, segundo moradores, traficantes fazem o percurso de moto para transportar drogas sem chamar a atenção da polícia Douglas Macedo / O Fluminense

Os Caminhos de Darwin estão entre as principais atrações de Niterói e Maricá. Mas, segundo moradores, traficantes fazem o percurso de moto para transportar drogas sem chamar a atenção da polícia Douglas Macedo / O Fluminense

Os Caminhos de Darwin estão entre as principais atrações de Niterói e Maricá. Mas, segundo moradores, traficantes fazem o percurso de moto para transportar drogas sem chamar a atenção da polícia
Douglas Macedo / O Fluminense[/caption] O Jornal o Fluminense através de reportagem do Jornalista Daniel Alves destacou em sua edição de sábado que os moradores do Engenho do Mato denunciam que a trilha visitada por cientista no século XIX é usada como rota para levar drogas até Maricá O caminho que leva o nome do naturalista e cientista inglês Charles Darwin, que no começo do século XIX se deslumbrou com a fauna e a flora da Serra da Tiririca, serve hoje como rota do tráfico de drogas. É o que afirmam moradores da região, que também dizem sofrer com uma onda de assaltos. O Caminho de Darwin, com cerca de três quilômetros de extensão, cruza o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) entre o Engenho do Mato (Niterói) e Itaocaia (Maricá). Durante o percurso, não é difícil encontrar papelotes de drogas espalhados pela trilha e quadros de motos abandonados às suas margens, assim como bolsas e carteiras vazias, que segundo frequentadores do parque são produtos de roubo que foram descartados. Segundo um morador da região, trilha se transforma em rota do tráfico, principalmente, nos finais de semana. “Esses aviões, que muitas das vezes são menores, compram a droga aqui no Engenho do Mato para revender em Maricá e acabam também consumindo e deixando esses papelotes pelo caminho. Na sexta-feira então, parece até um comboio, pois a movimentação fica muito intensa em direção ao Caminho de Darwin”. Ainda segundo o morador, que também reclama da falta de patrulhamento na região, o fato de existirem ao menos cinco pontos de venda de drogas, nas ruas 20, 21, 42, 53 e 78, próximas à Rua São Sebastião, que dá acesso à trilha, facilita o fluxo dos entorpecentes pelo cartão-postal que liga Niterói a Maricá. Além do tráfico, os roubos estão se tornando frequentes na região. Um morador da Rua São Sebastião conta que foi vítima de assalto no início do ano. “Sofri um assalto aqui no Vai e Vem, onde tive armas apontadas para mim. Levaram minha moto e meu celular. A única polícia que vem aqui é a ‘do depois’”, ironiza. “Ou seja, só após algo ter acontecido é que eles vêm registrar o caso. Patrulhamento para evitar crimes não existe. Todos que frequentam o local observam a quantidade de motos que passam por aqui sem placa. Os motociclistas não usam capacetes. Drogas no Engenho do Mato já viraram rotina. Só não vê quem não quer”, acrescenta. Segundo relatos de frequentadores, o números de pessoas passeando pela trilha diminuiu consideravelmente há cerca de um ano, quando um restaurante que funcionava no Caminho de Darwin fechou. Os assaltos afastam ainda mais os visitantes. De acordo com o diretor do Peset, Jhonatan Ferrarez, estima-se que o local tenha cerca de 500 visitantes por mês. Procurada, a Unidade de Polícia Ambiental (UPAm) informou que realiza ordinariamente patrulhamento em toda área de visitação do Parque Estadual da Serra da Tiririca, atuando nos municípios de Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, Rio das Ostras, São Gonçalo, São João da Barra, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Tanguá. A unidade afirmou ainda que “não foram realizadas ocorrências envolvendo psicoativos na região do Engenho do Mato”. Sobre as denúncias de tráfico de drogas e outros crimes na região, o comando do 12º BPM (Niterói) afirmou que esta região é policiada de forma dinâmica através de rondas de viaturas e motos e o planejamento operacional está atento a tais situações relatadas, realizando ações de combate a atividades criminosas.
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