REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS- As pipas são um risco e representam perigo até mesmo para quem não participa da brincadeira às margens da RJ-106. Pessoas que utilizam motos para se locomover estão expostas à ameaça das linhas. Embora pareça divertido, inúmeros casos de morte são registrados por cortes da linha. Segundo dados da Associação Brasileira de Motociclistas, são mais de 100 acidentes por ano, sendo que 50% deles são gravíssimos e 25% fatais.
Na altura do Parque Nanci, entre os quilômetros 25 e 26 nos meses de dezembro e Janeiro é comum ver crianças e adultos empinando pipa e arriscando a vida para correr atrás delas atravessando as pistas da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto).
Além do risco de atropelamento há a possibilidade de acidente com motociclistas e ciclistas que ao tocarem a linha podem se machucar gravemente, mesmo que esta não tenha cerol.
O Lei Seca Maricá entrevistou um motociclista que foi vítima da brincadeira. Uma linha de pipa, passou em seu pescoço, mas devido à baixa velocidade em que o veículo estava, nada de grave ocorreu. "Foi tudo muito rápido. Eu trafegava pela RJ 106, Perto de São José do Imbassaí, estava de motocicleta e fui atingida no pescoço por uma linha de cerol. Só não sofri algo mais sério porque eu estava trafegando em baixa velocidade, caso contrário estaria morta", contou Suzane de Almeida Soares, 43 anos.
Um especialista no assunto diz que as anteninhas colocadas nas motocicletas não são 100% seguras. "Mesmo as famosas anteninhas que passaram a ser utilizadas nas motocicletas, não são garantia de segurança, pois os fios podem estar em diagonal ao deslocamento do veículo, vindo a atingir primeiro o pescoço do piloto, para depois atingir a anteninha", explicou.
